A Lenovo e o Instituto Metrópole Digital (IMD) estão construindo um centro de pesquisa e desenvolvimento voltado para o 5G. O espaço será no Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Parque), dentro do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A expectativa é que o centro de pesquisa fique pronto em 18 meses.
Hildebrando Lima, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Lenovo no Brasil, afirma que o objetivo do projeto é fortalecer o ecossistema e suportar o desenvolvimento de tecnologias que serão aplicadas nas mais variadas verticais da indústria.
“Temos a missão de levar a tecnologia mais inteligente a todas as pessoas, e fazemos isso por meio do fornecimento de soluções inovadoras que só podem ser concebidas com investimento em pesquisa e desenvolvimento”, disse. A companhia vai desembolsar cerca de R$ 60 milhões na construção do espaço.
Além da estrutura física de 8,6 mil m² e da compra de equipamentos, o contrato entre Lenovo e o IMD prevê a execução de dois projetos para estudar maneiras de otimizar o uso de redes 5G, contando com a produção de conhecimento e a criação de softwares capazes de controlar e gerenciar dois aspectos fundamentais desse tipo de ecossistema: as redes de núcleo e as redes de rádio.
A Lenovo é a primeira empresa global a se instalar no Metrópole Parque, o que representa um importante passo para o ecossistema de inovação do instituto. “Temos uma infraestrutura com data center e grandes laboratórios. Nosso parque tecnológico conta com uma incubadora de bastante sucesso, que já graduou 15 empresas, uma delas a maior empresa de TI do estado, e temos também uma importante diretoria de projetos. Tudo isso contribuiu para que o IMD ganhasse a credibilidade e atraísse essa importante iniciativa com a Lenovo”, avalia Ivonildo Rêgo, professor e diretor geral do IMD.
Investimento no Brasil
Este é o quarto centro de pesquisa 5G da Lenovo no mundo e o primeiro no Brasil, os outros três ficam na China, Estados Unidos e França.
“O Brasil tem um enorme potencial para alavancarmos diversas possibilidades com o 5G. Não apenas para aumentar a conectividade da população, como para desenvolver soluções tecnológicas inéditas em setores como cidades inteligentes, educação, telemedicina, varejo, entre outros”, afirma Lima.
Um estudo da Nokia com a Omdia de 2020 revelou que o 5G impactará até US$ 1,2 trilhão no Produto Interno Bruto do Brasil no período de 2021 até 2035. As áreas mais beneficiadas devem ser Tecnologia, Informação e Comunicação (US$ 241 bilhões), Governo (US$ 189 bilhões) e Manufatura (US$ 181 bilhões).
As primeiras redes da quinta geração começaram a ser ativadas no ano passado na faixa de 2,3 GHz, após o leilão das radiofrequências para o 5G. E, em julho, as operadoras Claro, TIM e Vivo puderam ativar a rede na faixa de 3,5 GHz pela primeira vez em Brasília, Belo Horizonte, João Pessoa e Porto Alegre.
A tecnologia já começou a se disseminar pelo país com disponibilidade para os usuários finais e para as indústrias.