A Oi divulgou na noite desta quinta-feira, 28, que está desinvestindo seu negócio de TV por assinatura via satélite. A companhia assinou um acordo para vender sua base de clientes pós-pagos de DTH (Direct To Home, na sigla em inglês) e vai prestar serviços de infraestrutura de IPTV (Internet Protocol Television, na sigla em inglês) para a Sky Brasil, com o compartilhamento das receitas.
A operação está sujeita à aprovação do juízo da Recuperação Judicial da Companhia e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Em comunicado ao mercado, a Oi diz que o negócio está de acordo com a implementação do plano estratégico de transformação das empresas Oi e com o Aditamento ao Plano de Recuperação Judicial da Companhia, que prevê a alienação de ativos, passivos e direitos relacionados ao negócio de TV por assinatura.
A companhia defende que a operação possibilitará “a manutenção de uma participação importante na geração de receitas de conteúdo a partir da prestação de serviços de TV por assinatura via protocolo IP (IPTV), com base em plataformas e equipamentos com tecnologia IPTV que permanecerão de propriedade da Companhia e/ou de empresas que detém participação.”
Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que o mercado de TV por assinatura satelital pós-paga teve 6,7 milhões de acessos em março de 2022. Deste total, a Sky e a Oi foram responsáveis pela maioria – 4,1 milhões e 1,7 milhão, respectivamente.
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O negócio vem de um plano antigo da Oi. Em 2020, a empresa anunciou que toda sua infraestrutura para prestação de serviço de TV satelital e a transferência dos clientes custavam pelo menos R$ 20 milhões. Na época, a Claro e a Sky se interessaram pelo ativo, mas questionaram o custo do satélite SES-6 de R$ 1,5 bilhão e da programação.