Um dos maiores desafios da segurança digital é a popularização de dispositivos de Internet das Coisas (IoT), segundo Bruno Aguieiras, business information security officer da Vivo.
Ele participou do evento Dia da Internet Segura 2023, organizado pela SaferNet, e comentou que atualmente existem sete bilhões de dispositivos IoT conectados. A previsão para 2025 é de 22 bilhões produtos conectados.
“E são dispositivos que foram criados sem segurança, a arquitetura deles não foi desenhada com segurança. O código-fonte muitas vezes não é pensado de maneira segura e por isso os problemas acontecem”, disse.
A tendência é que o cenário de incidentes cibernéticos cresça com o aumento dos dispositivos conectados, explicou Aguieiras.
Além da falta de security by design nos produtos, outros desafios para cibersegurança são a escassez de profissionais, a ausência de novas regulamentações para dispositivos IoT e a falta de controles básicos de segurança, como autenticação em dois fatores.
Uso por jovens e desinformação são desafios para as big techs
O painel sobre os “Novos desafios para segurança digital” também contou com a presença de representantes das big techs. Um dos riscos mencionados foi relacionado ao uso das plataformas por adolescentes e jovens.
O TikTok, por exemplo, busca impedir que pessoas com menos de 13 anos usem a rede. E fornece uma experiência diferenciada quando os adolescentes têm de 13 a 17 anos, com menos acessos a mensagens diretas e sincronização familiar para que os pais e tutores possam restringir comentários e gerenciar o tempo de tela, entre outras ferramentas.
A desinformação é outro problema enfrentado pelas plataformas digitais. Priscilla Silva Laterça, gerente de Políticas Públicas de Segurança do TikTok, afirmou que a companhia possui o auxílio de agências de checagem, como o Estadão Verifica e a agência Reuters, no Brasil.
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Além disso, se as desinformações geram situações de perigo, como aquelas voltadas para saúde e terrorismo, são consideradas contra os padrões da comunidade, e a principal ação é a remoção do conteúdo.
Taís Niffinegger, gerente de Bem-Estar LATAM da Meta, comentou que a empresa também atua com a remoção de conteúdo e com profissionais espalhados por todo o mundo que fazem a checagem das informações. “A gente tem vários tipos de controle para a disseminação de conteúdo, outras soluções para atuar no disparo de mensagens e que ajudam a controlar conteúdo potencialmente falso, que porventura ultrapasse a primeira barreira de detecção automática e consiga ir ao ar.”