Cobertura de banda larga móvel dificulta desenvolvimento TIC no Brasil 

Embora o Brasil esteja acima da média mundial com 81,9 pontos no Índice de Desenvolvimento de TIC 2023 (IDI) da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que é de 72,8; o país ocupa a 86ª posição no pilar conectividade significativa – seu menor desempenho – e 75ª em conectividade universal. O ranking elaborado pela Anatel para o Boletim de Diagnóstico IDI, elenca 169 países e tem como base dados da UIT.

Entre os 20 melhores países, o IDI encontra-se acima de 93. Para alavancar a posição brasileira e colocá-la entre esses 20, o estudo afirma que os principais desafios referem-se aos indicadores relacionados à telefonia móvel, especialmente sobre tráfego e de acessos de banda larga móvel por 100 habitantes: indicador em que o Brasil possui a menor pontuação (63,9) e que é uma das métricas para a conectividade universal. 

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Fonte: Gráfico elaborado pela Anatel com dados da UIT.

Em geral, esse é o indicador menos pontuado entre os países mais bem colocados, o que pode estar ligado à dificuldade de levar infraestrutura a lugares remotos, especialmente em países de grande extensão territorial.

“É importante destacar que a UIT reconhece que o IDI, por sua complexidade de cálculo em

âmbito mundial, não contempla todos os aspectos da conectividade: internet fixa de alta

velocidade, rede 5G e habilidade digitais, por exemplo, ainda não fazem parte do índice”, explica o Boletim.

Conectividade universal e significativa

No pilar de conectividade significativa, o Brasil atingiu 85,5 pontos, aproximadamente 8,5 pontos abaixo dos 20 melhores países, que estão acima de 94 pontos. O país tem seu melhor desempenho no indicador de cesta de preços de dados móveis e voz, com 99,8 pontos, mas enfrenta desafios no tráfego de banda larga por acesso, com uma pontuação de 58,7. 

No pilar da conectividade universal, o Brasil atingiu um índice de 78,2, se posicionando em 75º lugar. Entre os 20 países com melhor desempenho, o índice é superior a 93. Contudo, o Brasil destaca-se positivamente no indicador de domicílios com acesso à internet, com uma pontuação de 85,8 pontos, apenas 7 pontos abaixo do Japão, que possui a menor pontuação neste indicador entre os 20 países mais bem avaliados.

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O mais recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a PNAD Contínua de 2022, divulgada em 2023, mostrou que a internet tornou-se parte integrante de 91,5% dos lares brasileiros, afirmando a proximidade da universalização da internet no país. Contudo, ainda são 6,4 milhões de lares sem internet no Brasil. 

Segundo a estatística brasileira, a razão para isso não é a indisponibilidade do serviço, mas fatores como falta de conhecimento sobre o uso da internet (32,1%), falta de necessidade de uso (25,6%) e o custo do serviço (28,8%).

“A conectividade universal e significativa se traduz pela possibilidade de todos

aproveitarem uma experiência online segura, satisfatória, enriquecedora e produtiva a um

custo acessível”, explica o Boletim de Diagnóstico IDI.

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