Agenda legislativa 2024 da Conexis prioriza IA, reforma tributária e postes

As prioridades legislativas do setor de telecomunicações para o ano de 2024, da Conexis Brasil Digital, foram apresentadas ao Congresso nesta quarta, 23. A Agenda Legislativa da Conectividade de 2024 aborda várias frentes contidas em propostas e projetos de lei como a reforma tributária, regulação de IA e problemas como roubo de cabos.

Uma das principais ênfases da agenda é o chamado fair share, apresentado sob a ótica da a importância de adaptar as regulamentações à crescente expansão dos serviços das plataformas digitais e a contribuição das big techs para a expansão das redes de telecomunicações.

No lançamento, que também contou com a presença do Ministro das Comunicações e representantes do Senado, bem como a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), foram apresentados também outras prioridades da agenda como uma regulação flexível para a inteligência artificial e um “olhar estratégico” ao setor de telecom na reforma tributária.

Relacionado: Cooperação entre Telebrasil e GSMA mira em fair share e reforma tributária

Reforma tributária e infraestrutura

Daniela Martins, diretora de Relações Institucionais e Governamentais da Conexis, destaca que este é um momento crucial para reconhecer formalmente a essencialidade e o caráter estratégico da conectividade. Espera-se que o processo de regulamentação da Reforma Tributária resulte em um ambiente mais favorável para a tributação do setor.

Quanto à expansão da infraestrutura de telecomunicações, como roubo de cabos, ordenamento de postes e instalação de antenas, a agenda defende um amplo debate para regulamentar o compartilhamento de postes.

A proposta se resume em uma mediação das autarquias relacionadas para garantir tratamento técnico e avaliação de impacto regulatório. Destaca-se a importância de respeitar os acordos vigentes e o princípio da liberdade econômica, se opondo ao avanço de três projetos de lei específicos: PL 3220/2029; PL 3088/2022; PL 2231/2029.

Estes projetos de lei basicamente redefinem princípios estabelecidos na Lei Geral de Telecomunicações (LGT) 9.472/97 no que tange ao compartilhamento de infraestrutura, bem como outorgam a responsabilidade das concessionárias de removerem cabos e demais recursos ociosos.

O setor se opõe ao alegar falta de clareza nos projetos sobre o que seriam infraestrutura ociosas e também pelo custo exorbitante que isso lhe geraria, além de representar desperdício, caso estejam em bom estado de conservação.

Furto e roubo de cabos

Outro ponto destacado na agenda é o combate à receptação dos cabos de telecomunicações. Estima-se que só no último ano, 7,6 milhões de brasileiros foram afetados pela subtração de 5,4 milhões de metros de cabos em todo o país. 

O setor defende uma ação coordenada de segurança pública para aprovar e implementar leis que aumentem as penalidades e sanções para esses crimes.

Este sitio web utiliza cookies para que usted tenga la mejor experiencia de usuario. Si continúa navegando está dando su consentimiento para la aceptación de las mencionadas cookies y la aceptación de nuestra política de cookies, pinche el enlace para mayor información.

ACEPTAR
Aviso de cookies