Um estudo da Nokia revelou que o 5G vai gerar US$ 88 bilhões em valor no varejo brasileiro até 2035. O número foi citado por Nathalia Lobo, secretária de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, durante o Painel Telebrasil Talks: Finanças e Varejo nesta terça-feira, 3.
Considerando todas as verticais, como Tecnologia, Informação e Comunicação, Agricultura e Governo, entre outras, o 5G vai impactar o produto interno bruto do Brasil em US$ 1,2 trilhão até 2035.
“Não é só mais um ‘G’. Vamos sair de uma banda larga para uma Internet massiva, com vários dispositivos integrados e otimização de estoques, tudo para conseguir chegar ao consumidor final de uma forma mais inteligente”, disse Lobo.
A secretária acredita que a logística de cargas terá veículos autônomos, monitoramento online, documentos digitalizados e Internet das Coisas (IoT) para dar mais segurança aos funcionários e produtos. Para isso, é essencial ter conectividade nas estradas.
Lobo lembrou que o leilão do 5G trouxe como compromisso para as empresas vencedoras a obrigação de cobrir 35 mil km de rodovias federais com 4G. Além disso, o edital para a licitação determinou que o 5G deve estar ativo em todas as capitais brasileiras até julho deste ano.
“A intenção é promover inclusão digital para os brasileiros que ainda não possuíam acesso à conectividade, gerando uma nova demanda para o comércio eletrônico”, afirmou a secretária.
Painel Telebrasil Talks: Finanças e Varejo
No mesmo evento, a Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC) divulgou que as operadoras de telecomunicações concluíram o processo de compartilhamento do histórico de pagamento dos seus clientes para o Cadastro Positivo – banco de dados sobre o comportamento de pagamento de consumidores e empresas.
Foram compartilhados dados de 100 milhões de clientes no total, dos quais 11 milhões são desbancarizados e estavam fora do Cadastro Positivo. Com isso, a expectativa é que essas pessoas ganhem visibilidade e passem a ter acesso a crédito.