As associadas da TelComp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas) estão interessadas no mercado de redes privativas. No Mobile World Congress 2023, a associação ficou de olho nas aplicações em mineração, logística, entre outras áreas.
Segundo Luiz Henrique Barbosa, presidente-executivo da TelComp, o mercado das redes privativas no mundo é de US$ 4,7 trilhões até 2026, e pode ser uma oportunidade para ajudar na reindustrialização do Brasil.
“Um avanço tecnológico dá a chance de quem ficou para trás [uma indústria], se adaptando rapidamente, conseguir recuperar o tempo perdido. E as empresas de telecomunicações são parceiras nesse sentido”, comentou Barbosa à DPL News.
Nesse caso, as prestadoras de serviço de telecomunicações se comportam como infratechs, pois são a “infraestrutura tecnológica que todos os outros setores precisam”.
“Se a gente pensar nos outros setores de infraestrutura como aeroportos, rodovias, portos e energia elétrica, todos eles precisam de telecom para aumentar a produtividade e a segurança das operações. Então telecom virou uma infraestrutura básica para todos esses outros setores”, explicou.
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O interesse das competitivas seria construir redes privativas com a tecnologia necessária para cada situação. “Nas redes privativas, você faz uma mescla de uso de frequência. O 5G para aplicações que a latência é mais importante. Tem situações que é banda, então o 4G poderia atender; ou tem situações em que você só tem que pingar algumas informações muito pequenas em uma área muito ampla, então o 2G atende, uma rede LoRaWAN, ou WiFi”, disse o representante da TelComp.
PGMC
Para ingressar nesse mercado, as prestadoras estão com a expectativa de que o Plano Geral de Metas da Competição (PGMC) “comece a regular um pouco o mercado móvel para justamente dar mais fluidez de negociação entre os diversos players”.
O PGMC estabelece as regras nas relações atacadistas entre as operadoras. Sua próxima atualização deverá colocar foco no mercado móvel, em relação aos preços de MVNO e a questão do roaming, por exemplo.