A V.tal, negócio de fibra da Oi, será uma peça essencial para o novo modelo da companhia. Segundo Rodrigo Abreu, CEO da Oi, a expectativa é que a V.tal se valorize nos próximos três anos, e os recursos referentes à participação da operadora sejam usados para pagar as dívidas da Oi.
“A expectativa é que só na V.tal a gente tenha uma posição de equity maior que R$ 20 bilhões, que deveria ser usada para desalavancar a companhia no futuro”, disse o CEO em uma live do BTG Pactual nesta terça-feira, 14.
Atualmente, o controle da V.tal está sendo vendido para o BTG Pactual. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já aprovou a operação e, agora, falta o aval da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Abreu comentou que está confiante na aprovação do negócio.
Outra aposta da Oi é na expansão da fibra óptica e substituição do seu sistema legado (telefonia fixa por cobre, banda larga, cobre e outros), segundo o CEO.
Leilão do 5G
Em relação a não participação do leilão para as radiofrequências do 5G, o CEO afirmou que foi uma decisão estratégica. “Como nós estamos fazendo a venda da [unidade] móvel, olhando para o leilão para adquirir licenças que só poderiam ser usadas por nós para a prestação de serviço fixo, a conta não fechou”, afirmou.
Abreu explicou que o custo da licença de 26 GHz era alto, com várias obrigações, e que é mais eficiente fazer o uso de frequência de terceiros.
Ele ainda disse que o 5G abre possibilidades mesmo para quem não adquiriu espectro, como na construção e operação de redes privadas, porque elas não dependem da frequência licenciada. A Oi Soluções já está envolvida na construção de uma rede LTE para a Secretaria de Segurança do estado da Bahia, por exemplo.
Por fim, o CEO comentou que a empresa também será beneficiada pelo 5G porque a tecnologia é consumidora da fibra, “seja por transporte de grande distância no backbone e no backhaul, seja na capilaridade de conexão das antenas.” E a V.tal atuará em ambos os casos.