A Oi anunciou nesta quinta-feira, 5, sua nova marca de rede neutra: a V.tal. Até então, a divisão era chamada de InfraCo, divisão de fibra em processo de venda para o BTG Pactual. Trata-se da primeira empresa de rede neutra fim a fim do mercado brasileiro.
Avaliada em mais de R$ 20 bilhões e com cerca de 400 mil km de infraestrutura de fibra, a V.tal já nasce provendo infraestrutura FTTH para as principais operadoras de telecomunicações do Brasil, grandes conglomerados internacionais e mais de 260 provedores regionais de todo país.
“Será a primeira empresa de rede efetivamente neutra com conectividade fim a fim e se diferenciará por ter uma rede capilar, robusta e com atuação nacional”, diz o comunicado oficial.
Pedro Luiz Arakawa, Chief Commercial Officer da nova operação, acrescenta que a companhia será um importante player para a rápida expansão do 5G no Brasil, trazendo novos investimentos e mais desenvolvimento regional.
“Nossa proposta é atender as mais diversas empresas de telecomunicações, das operadoras aos provedores regionais, ajudando a expandir a oferta de banda larga de altíssima velocidade em todo o Brasil”, explica Arakawa.
Processo de venda
A V.tal será controlada por fundos de investimento do banco BTG Pactual após a conclusão da venda do ativo. Atualmente, o processo depende do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Rodrigo Abreu, CEO da Oi, acredita que a operação será finalizada no final do quarto trimestre de 2021 ou começo de 2022. Com a venda, o banco passará a ter 57,9% do capital da empresa.
“A criação da V.tal como operação neutra materializa a visão de separação estrutural proposta em nosso plano de transformação e permite o início de um novo ciclo de crescimento da infraestrutura de telecomunicações no país”, acrescenta Abreu.
O desenvolvimento da V.tal é um dos pilares do Plano Estratégico da Oi para o triênio de 2022 a 2024. A expectativa é que a entrada do BTG melhore a capacidade financeira da empresa para manter a expansão de fibra.
Segundo o portal Tele.síntese, a nova marca poderá participar do leilão do 5G para a compra de espectro na frequência de 26 GHz, para oferecer o serviço de banda larga fixa sem fio (FWA). “A análise vai ser feita. É uma possibilidade, mas, para isso, depois do edital publicado precisamos ver as condições finais de investimento”, disse o CEO.