Huawei faz parceria com Claro Brasil para conectar e digitalizar setor agro

Empresa amplia parcerias locais pela América Latina com outros players visando impulsionamento da agricultura inteligente na região.

Com informações de Mayara Figueiredo, Sharon Durán e Jorge Bravo

Barcelona.- A Huawei, em cooperação com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI) e parceiros locais da América Latina, anunciou que promoverá a inovação e a aplicação da tecnologia de IA no setor agrícola da região, em mesa redonda durante o Mobile World Congress (MWC 2024). A Claro é um dos parceiros que atuará no Brasil.

Subsidiária da mexicana América Móvil, a Claro que já tem 10 milhões de hectares cobertos na região agrícola do Brasil, quer ampliar a conectividade básica ali para melhorar aplicações de Internet das Coisas (IoT). Para isso, conta com a parceria da Sol – Internet of People que possui a expertise da conectividade voltada para o campo e que, por sua vez, utiliza tecnologia da Huawei.

“Já fizemos um investimento de 60 milhões de dólares. Temos mais de 10 milhões de hectares cobertos no Brasil. Estamos falando de 450 torres em 84 vilas ou comunidades. Mas ainda há muitas propriedades, cidades e hectares de soja e canela de açúcar que podemos cobrir para gerar valor a partir de agora”, disse Márcio Carvalho, CMO da Claro.

Ocorre que o Brasil é um país agribusiness, um dos maiores produtores de grãos do mundo, mas enfrenta problemas de baixa ou nenhuma conectividade nas zonas rurais, fator que leva a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) a criar iniciativas que encorajam a entrada das operadoras nessas regiões.

Vinícius Caram, superintendente de outorgas da agência, ressaltou a importância da implementação de tecnologias como o 5.5G da Huawei e soluções de IoT  para promover o aumento da conectividade e eficiência nas áreas rurais do Brasil.

“Alguns agricultores preferem usar um espectro de licença para diferentes tecnologias como LoRa, LoRaWAN e Wi-Fi. Alguns deles preferem usar 900 MHz, 5,1 MHz, 2,4 MHz ou 5,8 MHz, que é tradicional para Wi-Fi. É mais barato, mas provavelmente não é suficiente para a complexidade e o nível de evolução de necessidades dos equipamentos. Então, o que a Anatel está fazendo é incentivar a evolução da frequência”, explicou.

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Nigel Davy, representante da Innovative Energy Company da Jamaica, destacou sua participação em um projeto de redução de custos de eletricidade para o Ministério da Agricultura e a Comissão Nacional de Irrigação. O projeto visa reduzir os custos de eletricidade em 30% e envolve o bombeamento de água de poços profundos. 

Localizado no sul da Jamaica, onde a escassez de água é um desafio, o projeto depende principalmente da água da chuva. Para enfrentar os altos custos de eletricidade, a solução proposta inclui tecnologia da Huawei, com fornecimento de baterias, suporte técnico e sistemas fotovoltaicos para gerar e armazenar energia solar durante o dia. Espera-se que essa solução reduza os custos de energia em mais de 50% e beneficie a economia do governo jamaicano.

Farrukh Alimdjanov, diretor de Desenvolvimento Industrial da ONUDI, acredita que “estamos testemunhando a união da conectividade móvel e da inovação industrial. O 5G, combinado com a IA e a computação em nuvem, cria muito valor para setores como a indústria e a agricultura, resultando em significativas melhorias na eficiência e na qualidade do trabalho e uma grande melhoria na segurança das áreas”.

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