A Claro tem um dos maiores projetos de geração própria de energia do Brasil: são 52 usinas que abastecem 40% da demanda de baixa tensão da operadora. A expectativa da operadora é que esse número chegue a 80% em julho do ano que vem, segundo Hamilton Pereira da Silva, diretor de infraestrutura da companhia.
Durante o webinar Sustentabilidade e Gestão Eficiente da Energia na Evolução das Indústrias, nesta quinta-feira, 22, o diretor da Claro explicou que a iniciativa, começada em 2017, foi motivada pelo alto custo da energia: a conta estava na casa do bilhão por ano. “Quando a gente se deparou com esse tipo de problema e deste tamanho, tivemos que ser agressivos na solução”, comentou.
Das 52 mil unidades consumidoras de energia espalhadas pelo Brasil, 300 são de média tensão, que encontraram solução no mercado livre de energia. A Claro buscou parceiros consistentes que conseguissem entregar projetos em preços atrativos e de longo prazo, entre 10 e 15 anos.
O restante da demanda, de baixa tensão, é composta por 30 mil torres de telefonia celular, milhares de fontes que abastecem a rede fixa e prédios, de acordo com Pereira da Silva. “Para isso, a gente buscou a geração distribuída. É um projeto de longo prazo com parceiros que operam e mantêm usinas de diversas fontes: eólica, solar, hídrica, biogás”, disse.
Atualmente, são 52 usinas que abastecem 40% da demanda de baixa tensão e vai chegar a 80% até julho do ano que vem, garantiu o diretor. Ele acrescentou que a iniciativa da Claro já blindou a operadora em relação às bandeiras tarifárias em 55%.
Além disso, toda a operação da companhia na região do centro-oeste é abastecida com fontes próprias e sustentáveis. “A Claro é líder nesse tipo de fornecimento. O agente motivador inicial foi o bolso e, nos últimos dois ou três anos, a gente incorporou isso em sustentabilidade”, concluiu.