Anatel descarta revisar destino da faixa de 6 GHz

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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) descartou a possibilidade de rever o destino da faixa de 6 GHz em reunião da Comissão Interamericana de Telecomunicações (Citel) realizada nesta semana, segundo apurou a DPL News.

Em março deste ano, membros da Anatel sinalizaram que a Agência poderia revisar sua decisão de destinar todos os 1.200 MHz da banda para o WiFi 6, o que animou as empresas de serviço móvel. Mas parece que a animação não durou muito tempo. No encontro da Citel, a delegação brasileira disse que não tem planos de mudar sua decisão.

A faixa de 6 GHz é alvo de disputa entre a indústria de 5G e do WiFi 6, porque a frequência pode ser utilizada para expandir ambos os serviços. A primeira afirma que o espectro será necessário para o desenvolvimento do 5G no futuro, e a segunda diz que o espectro ajudará a melhorar o acesso à Internet.

Histórico

O Brasil determinou a liberação da faixa de 6 GHz para o uso não licenciado, como o WiFi 6, em fevereiro de 2021, seguindo a decisão dos Estados Unidos. Coreia do Sul, Canadá e Colômbia foram outros países que decidiram pelo mesmo caminho.

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Em março, com a sinalização de que a decisão poderia ser revista, a discussão foi reacendida. 

Em conversa à DPL News, o vice-presidente de Redes da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, Marcos Scheffer, disse que a empresa defende a divisão da banda para os dois usos, “entre 600 e 700 MHz desse espectro alocados para o IMT”.

“Com o aumento do tráfego por usuário, devido às novas aplicações que consomem mais dados, a faixa de 3,5 GHz não vai ser suficiente. As bandas milimétricas têm bastante espectro e entregam bastante velocidade, mas têm uma cobertura pequena. Por isso o 6 GHz é muito importante”, afirmou.

Lucas Gallitto, diretor da GSMA para a América Latina, diz que as bandas intermediárias para o 5G podem gerar um crescimento de US$ 18 bilhões somente no Brasil. “Além da perda de receita, menos espectro pode exigir até 6 vezes mais estações base, afetando o potencial do 5G de reduzir a pegada de carbono das redes móveis e gerando um impacto negativo no meio ambiente”, declarou recentemente à DPL News.

Agora, parece que o Brasil tenta colocar um ponto final nesse debate ao reafirmar sua decisão, mas a discussão mundial ainda será intensa até 2023, quando a União Internacional de Telecomunicações (UIT) vai decidir se sua recomendação será destinar toda a banda de 6 GHz para o uso licenciado (5G), para o uso não licenciado (WiFi 6) ou se será a divisão de parte do espectro para cada serviço.

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