O Procon-SP notificou a Claro, TIM, Vivo e Oi Móvel pedindo informações sobre a oferta do 5G. As empresas têm até a próxima terça-feira, dia 6 de setembro, para responder aos questionamentos.
Vale lembrar que a Oi não participou do leilão do 5G em novembro passado e, neste ano, a unidade móvel da companhia foi vendida para Claro, TIM e Vivo.
Segundo o órgão, as operadoras devem informar quais aparelhos compatíveis com 5G são comercializados por elas e apresentar os informativos disponíveis aos consumidores sobre as mudanças da nova tecnologia.
O Procon também questionou se o consumidor manterá a conectividade e acesso aos serviços por outra frequência no caso de indisponibilidade 5G por localização do usuário ou causa diversa.
Em relação à implementação da rede, o órgão quer saber:
- Se há necessidade de substituição de chip e/ou demais dispositivos para usar o serviço, comprovando os valores eventualmente cobrados no ajustamento;
- Como será a adequação dos planos vigentes para atender à nova tecnologia;
- Quais as principais diferenças entre o 5G e as redes anteriores, explicitando qualidade, eficiência e segurança dos serviços amparados pela oferta de conectividade;
- Qual a área de cobertura, velocidade, garantia do serviço e período de latência dos dispositivos conectados ao 5G.
Troca de chip
A questão do SIM Card não é consenso entre as operadoras. A Claro informa em seu site que, para ter acesso ao 5G SA, é necessário fazer a troca para um chip e um plano compatível. A Vivo também diz que o cliente precisa trocar o chip para usar o 5G SA.
A TIM afirma que apenas clientes com dispositivos Apple precisam trocar o SIM Card. “Existe um novo padrão de SIM Card previsto para 5G que cria uma série de criptografias na comunicação, mas não significa que o que a gente usa hoje no 4G não seja adequado”, explicou Leonardo Capdeville, CTIO da TIM, em um evento no começo do mês.
“Todos os fabricantes, com exceção da Apple, aceitam operar o 5G SA no SIM Card anterior. A Apple é a única que impõe a troca do chip, mas ela tem o eSIM (chip virtual), que é compatível com o serviço Standalone”, disse. “Entretanto, a Apple ainda não liberou o software no Brasil”.
A diferença entre o serviço 5G SA e NSA (Non Standalone) – padrão tecnológico inicial – é a latência, afirmou Paulo Esperandio, CMO da TIM, na ocasião.