A Petrobras está montando um novo supercomputador, o Pégaso, que deverá ser a máquina com maior capacidade da América Latina. Segundo a companhia, o Pégaso supera o Dragão e Atlas, que também são da Petrobras.
O Pégaso aumentará a capacidade atual de processamento da Petrobras de 42 para 63 petaflops, além de possuir 678 terabytes de memória RAM, rede de 400 gbps e 2016 GPUs. Tudo isso seria o equivalente a seis milhões de celulares ou 150 mil laptops modernos.
A companhia explica que aumentar a capacidade de processamento é importante para reduzir riscos geológicos e operacionais e diminuir o tempo entre a descoberta de um campo e o início da sua produção. O supercomputador também gera imagens mais nítidas da subsuperfície de áreas mapeadas para exploração de petróleo e gás natural.
Todo o potencial permite realizar iniciativas de tecnologia digital e melhora a eficiência das operações. O Pégaso também contribuirá para programas estratégicos, como o EXP100, que propõe alcançar 100% de uso de dados e conhecimento nos projetos exploratórios, e o PROD1000, que tem a meta de reduzir os prazos para começar a explorar um campo.
Pégaso
A Petrobras usou 32 caminhões para transportar as 30 toneladas de componentes do Pégaso até Vargem Grande, no Rio de Janeiro, onde ele está sendo montado. Quando todas as estruturas estiverem prontas, formarão uma fila de 35 metros.
A montagem pode durar até três meses e, depois disso, a máquina vai passar por ajustes finais, com instalação de sistema operacional e softwares e um período em operação assistida. A previsão é que ele esteja operando em plena capacidade em dezembro.
Transformação Digital
A companhia tem investido mais em novas tecnologias para aumentar a produtividade. Um dos programas é o RES20, que usa ciência de dados e inteligência artificial para acelerar os processos de recuperação de jazidas.
De acordo com o diretor de transformação digital e inovação da Petrobras, Nicolas Simone, o setor de óleo e gás deve agregar até US$ 250 bilhões a mais em resultados com as novas tecnologias de conectividade em plataformas e refinarias (5G e satélites de baixa órbita, por exemplo).