O Fixed Wireless Access (FWA) pode ser a solução para 11 milhões de casas localizadas em cidades com menos de 30 mil habitantes e que ainda não estão conectadas, segundo Carlos Roseiro, diretor de Soluções Integradas da Huawei. Ele defendeu o investimento de operadoras regionais na cobertura 5G e no FWA para esses casos.
“Normalmente, em situações de baixa densidade populacional e grande área geográfica, é possível que dois ou três sites cubram a localidade sem a necessidade de cabeamento”, comentou durante sua participação no Fórum de Operadoras Inovadoras.
“À medida em que um operador regional consegue uma certa escala de assinantes, ele alcança um ponto de equilíbrio e o FWA começa a valer a pena. É apenas uma questão de custo-benefício”, disse.
Roseiro comentou que, atualmente, o Brasil tem 27 milhões de domicílios desconectados, sendo que 11 milhões estão em cidades com menos de 30 mil habitantes e, o restante, em cidades com população acima deste número.
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Nas grandes cidades, o FWA vai competir com a fibra óptica, que já está estabelecida. Mas, mesmo assim, existem cenários em que o FWA 5G pode valer a pena, como em pequenos comércios ou “em processos do sistema bancário que precisam de uma tecnologia complementar”.
Nas residências, a tecnologia também pode ser usada em prédios, onde não é possível passar cabos.
Dados da Huawei global mostram que as operadoras podem atingir 10% de crescimento de ARPU e 6% de crescimento de receita com o FWA 5G.
FWA no Brasil
Um dos maiores obstáculos para a disseminação do FWA no Brasil é o preço dos CPEs. Executivos da Huawei já informaram que a fabricante poderá produzir os equipamentos no Brasil, caso exista a demanda no futuro. Além disso, a empresa também conversou com o governo federal para diminuir os impostos, barateando os CPEs. Seria mais uma medida para universalizar a banda larga no país.