O CTO da Claro, André Sarcinelli, falou na semana passada sobre os planos da operadora sobre a ampliação da rede 5G no Brasil. Ele comentou que a empresa considera reutilizar faixas de frequência pré-existentes para a nova tecnologia, ou seja, fazer o refarming.
Segundo informações do portal Teletime, o executivo entende que todas as faixas com canais separados para transmissão e recepção (FDD) do espectro atual podem ser atualizadas para o 5G. “Pode ser standalone ou não standalone, com 2.100 MHz, ou 1.800 MHz e 700 MHz”, comentou.
Sarcinelli explica que, se o tráfego estiver baixo e o remanejamento de outras frequências garantir a continuidade da prestação do serviço móvel, é possível fazer o refarming e dedicar mais espectro ao 5G. Ele acredita que também será possível adicionar capacidade com as faixas de 3,5 GHz e ter ganho de cobertura.
O CTO justifica que por isso houve uma busca pelo espectro compartilhado dinamicamente (DSS) no 5G. No futuro, essa tecnologia poderá ser agregada à faixa de 3,5 GHz.
Não haverá diferença para o usuário, já que o celulares continuarão compatíveis com essas diferentes frequências.
FWA
No evento Teletime Tec, a Claro ainda revelou os planos de expansão da fibra óptica e que considera a aplicação de acesso fixo sem fio (FWA), onde a fibra até residência (FTTH) não for possível.
Artur Coimbra, secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, explicou que a tecnologia FWA será útil em prédios na área urbana com deficiência de infraestrutura para a passagem interna dos cabos.
Atualmente o 4G é a tecnologia mais usada para o serviço FWA, mas não garante alta velocidade. Para a ABI Research, com o 5G, os serviços FWA poderão suportar velocidades de gigabit e competir com os serviços de banda larga fixa existentes.