O número de acessos de banda larga fixa em Portugal chegou a 4,3 milhões em 2021, um aumento de 3,7% se comparado ao ano anterior. Segundo a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), a fibra óptica – especificamente fiber to the home (FTTH) – foi a principal responsável pelo crescimento.
No final do ano, a cada 100 habitantes, 41 tinham acesso à Internet em local fixo. A taxa passou de 40,4 em 2020, para 41,7 no ano seguinte. Para efeitos de comparação, a densidade de banda larga fixa na Espanha era de 41,1 em 2019, sendo que o país possui mais de quatro vezes a população de Portugal.
Já a taxa de penetração dos clientes residenciais foi de 87,7%, um aumento de 1,2% em comparação com o ano anterior.
Tecnologia utilizada
A fibra representou 59,9% do total de acessos, uma evolução de 4,9% em relação a 2020. A Anacom diz que a FTTH também foi a tecnologia responsável pelo crescimento do número de acessos total. Nos últimos 12 meses, os acessos de fibra aumentaram 12,8%.
Já a tecnologia modem cabo – ou cabo coaxial – caíram 0,7%, e representavam 27,7% no final do ano, uma queda de 1,2% em comparação aos últimos 12 meses. Os acessos via ADSL mantiveram a tendência de retração, diminuindo 30,9%. Agora, eles representam 6% do total.
Os acessos fixos suportados nas redes móveis diminuíram 6,3% e representavam 6,2% do total no final do ano.
O tráfego na Internet na banda larga fixa aumentou 26,4% em 2021. O tráfego médio mensal foi de 240 GB, um crescimento de 21,3%. Para a Autoridade, a evolução dos números é reflexo da pandemia de Covid-19, em que as pessoas acabam passando mais tempo em casa para evitar o contágio.
Mercado
Apesar de ter 39 prestadores de banda larga fixa, quatro empresas dividem quase a totalidade do mercado de banda larga fixa: MEO, com 40,7% de market share; Grupo Nos, com 24,4%; Vodafone, com 21,4% e a NOWO, com 3,2%.
No ano passado, a Vodafone foi a prestadora cuja participação de acessos mais aumentou em comparação com 2020, com 0,6%. A MEO foi a companhia que captou mais clientes em termos líquidos, avançando 0,2% em market share. Já a participação do Grupo Nos e da NOWO caíram 0,6% e 0,3%, respectivamente.
Em relação à participação no tráfego, a MEO lidera com 39,9%, seguida pelo Grupo Nos, com 33,3% e pela Vodafone, com 23,1%. A NOWO teve 1,8%. De 2020 para 2021, a MEO foi a prestadora que mais avançou, com um aumento de 1,3%; depois veio a Vodafone, com 0,5%. Já a Nos e a NOWO tiveram o tráfego reduzido em 1,5% e 0,4% do total, respectivamente.
A Anacom não divulgou o índice IHH, que mede o nível de concentração. Mas informou que, apesar de elevado, caiu ligeiramente mais uma vez.