A Justiça do Rio de Janeiro aprovou o pedido de recuperação judicial da Oi e das subsidiárias Portugal Telecom e Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A. A companhia deve apresentar o plano de recuperação judicial no prazo de 60 dias.
A Oi alegou à Justiça que, apesar do sucesso da primeira recuperação judicial – em que reduziu a dívida em 30% e quitou mais de 35 mil credores –, a estrutura da empresa continua insustentável, com R$ 29 bilhões em dívidas financeiras, sendo que boa parte está indexada ao dólar e ao euro. E o passivo concursal da empresa é de R$ 43,7 bilhões.
Alguns fatores que contribuem para o cenário são a demora no fechamento das operações de venda das empresas da Oi, efeitos da pandemia de Covid-19 e divergência com as compradoras da Oi Móvel, segundo a companhia.
Relacionado: Claro, TIM e Vivo pedem devolução de R$ 1,739 bilhão pela compra da Oi Móvel
Com isso, o juiz Fernando Viana decidiu aprovar o pedido e suspender as obrigações das execuções das dívidas, proibir retenção dos bens dos devedores, entre outras medidas protetivas.
Em fato relevante, a Oi reafirmou “a sua confiança de que, com o apoio de seus credores financeiros, com os quais chegou a um acordo sobre os principais termos comerciais para a restruturação de suas dívidas financeiras e um financiamento de longo prazo a ser concedido para suportar suas operações de curto prazo […] e considerando sua capacidade operacional e comercial, será bem-sucedida na proposição e pré-aprovação de um plano de recuperação judicial que permita a busca de sua sustentabilidade de longo prazo, no melhor interesse de todos os seus stakeholders.”
Vale lembrar que o pedido de recuperação judicial ainda será submetido à ratificação dos acionistas em Assembleia Geral da companhia.
Mudança no Conselho da Oi
Os acionistas da Oi destituíram o grupo anterior e elegeram o novo conselho de administração nesta quinta-feira, 16.
Os novos conselheiros, que terão mandato até 2025, são: Eleazar de Carvalho Filho, Marcos Grodetzky, Claudia Quintella Woods, Henrique José Fernandes Luz, Paulino do Rego Barros Jr., Armando Lins Netto, Mateus Affonso Bandeira e Rodrigo Modesto de Abreu (CEO da Oi).