Mais do que sustentável, hidrogênio verde pode ser diferencial econômico em diferentes setores

O Brasil e a América Latina em si já são um grande “hub” de produção de energias renováveis, estando em plena transição para o hidrogênio verde e hidrogênio de baixo carbono. Países como Estados Unidos, Alemanha e China já passam a investir bilhões de dólares na importação e expansão dessas matrizes energéticas, então porque não começar a enxergá-las, de forma estratégica, como um meio de gerar riqueza e agregá-las aos diferentes setores mercadológicos e econômicos? Esta foi a abordagem de painel sobre sustentabilidade e hidrogênio verde, no Fórum Abinee Tec 2023.

Como um dos principais ítens do recente acordo da Cúpula UE-Celac, o hidrogênio verde ganha relevância não só em termos de sustentabilidade mas de geração de riquezas e modernização, muito atrelado à chamada indústria 4.0. Para Rodrigo Regis Galvão, diretor de energia e inovação Alvarez & Marshal, as muitas formas de utilização finais do hidrogênio de baixo carbono, tornam o seu desenvolvimento o principal caminho para a descarbonização de vários setores da economia.

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“A demanda mundial por hidrogênio de baixo carbono, poderá aumentar 10x até 2050.”, afirmou o especialista, baseado em dados da Energy Consulting and Analytics. No âmbito das telecomunicações e, falando de sistemas de armazenamento, pode-se utilizar esse recurso em salas de combustível, o que dará uma vida útil muito maior na geração de energia das torres.”

Galvão também afirmou que o Brasil já fez sua transição para modelos mais sustentáveis e destacou os setores de transporte, construção civil e siderurgia como os precursores da redução de carbono.

Ele também aproveitou para a chamar a atenção à necessidade de criação de políticas públicas nacionais de incentivo ao desenvolvimento de matrizes de energia limpa, considerando que tratados globais desconsideram questões regionais e estratégias geopolíticas específicas.

“As exigências para utilização de hidrogênio verde é que a usina de energia renovável tem que ser nova, com pelo menos três anos de existência apenas, o que faz mais sentido para a europa, uma vez que por lá 70% da energia utilizada é fóssil. No Brasil utilizamos 83% de energia renovável, logo, tais exigências não fazem sentido para o nosso contexto”, concluiu.

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