A América Latina não está atrás das outras regiões do mundo em relação à conectividade, mas ainda faltam outros fatores do ecossistema para completar a transformação digital. Essa é a avaliação da Huawei para a região.
Tony Sza, presidente da Enterprise Latam da Huawei, falou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, que a região tem 73% de penetração de Internet móvel e 58% de penetração de banda larga fixa. “Isso dá boas condições para toda a região, para muitos países passarem para a nova etapa da transformação digital”, disse à DPL News durante o Eco Connect Summit Latam 2023.
Entretanto, a transformação digital também depende de outros fatores. “Hoje em dia, quando as pessoas falam sobre a transformação digital, não é apenas um conceito, requer muitas pessoas trabalhando juntas. A infraestrutura é uma parte, mas também precisamos que o cliente trabalhe conosco, precisamos que o desenvolvedor de software trabalhe conosco, precisamos ter o talento envolvido conosco, e também precisamos do governo envolvido conosco”, complementou.
Marcelo Motta, diretor de Segurança Cibernética e Soluções no Brasil da Huawei, afirmou que a América Latina ainda é carente de data centers, aplicações, o desenvolvimento de capacidades locais, por exemplo. Por isso, o papel da empresa é compartilhar as experiências de países que estão mais avançados em tecnologia, como a China, com a região.
“Vemos os governos de diferentes países aqui na América Latina para apoiar esses desenvolvimentos com a introdução de exemplos de casos que podem inspirar diferentes indústrias e governos a colocar mais esforços na transformação digital”, disse Motta.
B2B
Questionado sobre as redes privativas na América Latina, Tony Sza contou que a Huawei está impulsionando essas redes na região, principalmente a mineração. E acredita que as redes privativas ficarão mais populares a partir da metade de 2024, “5G B2B é uma tendência da indústria”.