Cúpula Amazônica destaca tecnologia e cooperação para o desenvolvimento da região
A IV Reunião de Presidentes dos Estados Partes no Tratado de Cooperação Amazônica (TCA), em Belém do Pará, resultou em declaração emitida nesta quarta, 9 de agosto, com uma série de implementações voltadas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e de cooperação entre os oito países que possuem a floresta em seu território.
Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, elaboraram uma lista de 113 medidas, subdivididas em 17 temas específicos, incentivam a cooperação e capacitação em áreas como saúde, educação e produção alimentar, focando em soluções baseadas na tecnologia para enfrentar desafios específicos da região.
Na Declaração da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica), os Estados se comprometem a coordenar ações para desenvolver conjuntamente tecnologias de conectividade, visando facilitar o acesso a áreas isoladas por vias hídricas e aéreas, garantindo assim o atendimento social, a inclusão digital e o acesso a serviços em áreas remotas, para melhorar a qualidade de vida das comunidades locais.
Pontos-chave da Declaração sobre o uso de tecnologias
Item 64. “Promover a cooperação para a pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, bem como o intercâmbio de conhecimentos científicos e tecnológicos para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos da Amazônia, com o objetivo de fortalecer as capacidades nacionais e a resiliência dos ecossistemas”;
Item 72. “Estabelecer um programa de cooperação regional que promova o uso de tecnologias de informação e comunicação, bem como soluções tecnológicas inovadoras e adaptadas à realidade amazônica, para fortalecer a governança ambiental, a gestão de riscos de desastres e as ações de conservação, restauração, manejo e uso sustentável da biodiversidade e dos ecossistemas na Região Amazônica”;
Item 73. “Promover o desenvolvimento e fortalecimento de sistemas de informações geográficas e observatórios amazônicos como ferramentas fundamentais para a coleta, análise e disseminação de informações técnicas e científicas, bem como para o monitoramento de indicadores de conservação, restauração, manejo e uso sustentável da biodiversidade e dos ecossistemas na Região Amazônica”;
Item 74. “Desenvolver e promover, por meio da capacitação e cooperação técnica, o uso de tecnologias de sensoriamento remoto, incluindo satélites, drones e outras plataformas aéreas, para o monitoramento e a avaliação dos ecossistemas da Amazônia, bem como para a identificação de atividades ilegais e a promoção da segurança ambiental”;
Item 75. “Fomentar o desenvolvimento e uso de aplicativos, plataformas digitais e outras soluções tecnológicas para o fortalecimento da participação cidadã, a promoção da educação ambiental, a divulgação de informações e o envolvimento da sociedade civil na conservação, restauração, manejo e uso sustentável da biodiversidade e dos ecossistemas na Região Amazônica.”
Além disso, a cúpula reforçou a importância da capacitação e cooperação técnica para garantir o uso responsável e eficiente das tecnologias na Amazônia. Programas de treinamento serão implementados para capacitar as comunidades locais no uso de ferramentas de monitoramento ambiental, habilidades digitais e educação sobre cibersegurança.