O 5G trará mudanças essenciais em diversos setores como saúde, agricultura e indústria, além de movimentar a economia na escala de bilhões de dólares. No entanto, a implementação de algo tão potente exigirá desafios, como a infraestrutura.
Alberto Boaventura, gerente de Estratégia e Arquitetura de Rede da Oi, falou durante o 5G Latin America Digital Symposium nesta quinta-feira sobre a importância de possuir uma rede capilar em regiões de atendimento para ter um serviço de baixa latência, um dos principais pilares do 5G.
Considerando que o ponto de partida do backbone sejam as capitais dos estados, ele explicou que a distância da capital para o restante do estado está relacionada com a latência do serviço que será oferecido.
Usando como exemplo a Bahia, Boaventura afirmou que se houver quatro saídas para Internet no estado, em vez ter apenas em Salvador, “a dispersão diminui em torno de 75%, sendo acompanhada na mesma proporção pela latência. Adicionando mais dois novos clusters, […] essa dispersão pode reduzir em 90%. Consequentemente, a latência é reduzida na mesma proporção”.
Um curto tempo de resposta é essencial para inovações de edge computing, que possibilitará melhorias em Realidade Aumentada e Virtual, monitoramento remoto de equipamentos na agricultura e mineração, por exemplo.
Investimentos da Oi
Segundo Boaventura, a Oi vem investindo em aumento de capacidade e capilaridade de infraestrutura para o atendimento dos clientes. Hoje, a companhia possui a maior rede de fibra óptica com mais de 400 mil km de cabos para acesso local e de longa distância, duas vezes mais do que o segundo competidor.
Atualmente a operadora também atende mais de 2.300 municípios com fibra óptica, o que representa mais de 35 milhões de domicílios.
Nesta semana, a empresa lançou a Oi Fibra na cidade de São Paulo. Com o novo mercado, a Oi está presente em todos os estados e capitais do Brasil. O objetivo da companhia é cobrir 400 mil domicílios na capital paulista ainda em 2021 e chegar a 2 milhões em 2022.