Os ataques de ransomware e o pagamento de resgate têm crescido continuamente na América Latina, segundo Clevio Watanuki, gerente de produto de TI da Huawei. Para ele, empresas de todos os segmentos – manufatura, energia, transporte, finanças, por exemplo – devem se preocupar com a segurança.
O executivo apresentou como as empresas podem se proteger de ransomware no Eco Connect Summit Latam 2023.
Watanuki explicou que o ataque acontece em três etapas: a parte de intrusão no ambiente da empresa; depois que invadiu os sistemas, ele espalha em todos os outros sistemas; e depois acontece a manipulação de dados, quando criptografa os dados.
Para ele, a melhor solução para isso é o cliente tomar cuidado com essas três fronteiras. “Hoje é bem comum no mercado fazer um investimento muito grande para proteger contra invasões e esquecer que a invasão pode acontecer, e o caminho não pode ficar livre depois que a intrusão acontecer, tem que ter proteções em outras camadas também”, comentou à DPL News.
A Huawei tem soluções na camada de rede e na camada de storage. “A parte de redes, a gente tem soluções para não haver intrusão e também para o dado não espalhar na empresa toda”, disse.
“É como pensar numa casa. Se o ladrão entra por uma porta da cozinha, ele pode fazer o estrago. Se você puder colocar portas entre os cômodos, é uma boa prática também”.
Na parte de storage, trata-se de um sistema para o hacker não conseguir manipular os dados. “É como se tivesse um cofre protegendo para que mesmo que ele entre dentro de um cômodo, não consiga manipular o dado”.
Watanuki complementa que a Huawei atua nessas duas áreas de forma colaborativa, o que contribui para que a taxa de sucesso de detecção de ransomware seja elevada – de 99% na Huawei.
O executivo acrescentou que essa preocupação não é pequena, “as companhias e os governos também estão olhando para isso”.
Uma pesquisa recente da Kaspersky mostra que mais de 40% das empresas consultadas sofreram pelo menos um ataque de ransomware em 2022. As PMEs pagaram, em média, mais de R$ 20 mil e as grandes R$ 306 mil pelo resgate das informações.
A previsão é que, no mundo, o cibercrime custe US$ 10,5 trilhões por ano até 2025, de acordo com relatório da Cybersecurity Ventures.