Após WRC-23, Anatel diz que decisão sobre faixa de 6 GHz ainda não está tomada

A atuação positiva da delegação brasileira durante a Conferência Mundial de Radiocomunicações (WRC-23), foi reconhecida e elogiada pelos órgãos competentes do governo e também por empresas de telecomunicações quanto a participação efetiva nos debates, mas sobretudo, quanto à apresentação do adendo aos Regulamentos de Radiocomunicações, permitindo enfim, a divisão da faixa de 6 GHz.

A Huawei, que já havia expressado defesa à divisão da faixa de 6 GHz no Brasil, elogiou o posicionamento do  Brasil que pode dedicar 500 MHz para usos não licenciados (Wi-Fi) e 700 MHz para o IMT (International Mobile Telecommunications), redes móveis celulares, com foco no 5G. 

A inclusão do adendo foi aprovada, mas “isso não significa que já há uma decisão interna  tomada”, declarou Vinicius Caram, superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em nota divulgada pela agência.

A destinação dessa banda no Brasil, atualmente designada para o wi-fi, está sujeita a ajustes na regulamentação interna para alinhar-se à tendência global de divisão.

Carlos Lauria, diretor de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Huawei, no entanto, destacou que a decisão favorece a evolução das tecnologias móveis e a expansão da inclusão digital no país.

Desfecho satisfatório

Para o Ministério das Comunicações (MCom), a participação brasileira na WRC-23 foi além das expectativas. A delegação brasileira, composta por 40 pessoas, presidiu quatro dos seis grupos de estudos da UIT, reforçando o “compromisso do governo federal com a inclusão digital, conectividade universal e transformação digital sustentável”, disse o ministro Juscelino Filho.

“Conquistamos tudo que era nossa prioridade: nova resolução sobre Sustentabilidade Espacial, identificação das faixas de 6 GHz e 10 GHz para o IMT, aprovação de novas faixas para uso das ESIMs (Earth Stations in Motion), aprovação de novo item para estudar faixas para a comunicação direct-to-device. Foi uma grande vitória para todo setor de telecomunicações brasileiro”, disse Carlos Baigorri, presidente da Anatel.

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