O cell broadcast para o alerta de desastres será um complemento ao atual modelo, que funciona por meio de SMS, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A tecnologia será implementada até dezembro.
A Anatel esclareceu nesta semana que, diferente do SMS, que chega gradualmente aos usuários, as mensagens do cell broadcast são recebidas quase instantaneamente por quem está na região de alerta. Com isso, deixa de ser necessário o cadastro prévio dos usuários e a indicação de um CEP de interesse.
Além disso, o SMS será modernizado.
O conteúdo das mensagens vai continuar sob responsabilidade da Defesa Civil para a prevenção de situações de emergência, como alagamentos, enxurradas e deslizamentos de terra.
O assunto é coordenado pela Anatel em um grupo composto pelas prestadoras Claro, TIM, Vivo, Algar Telecom, Sercomtel, a Conexis Brasil Digital e pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
A Agência também ressaltou a importância do apoio dos órgãos de Defesa Civil e governos estaduais na implementação do sistema, principalmente na definição de regiões prioritárias e para os testes.
Histórico
O esclarecimento aconteceu porque o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, se reuniu nesta semana com prestadoras de serviços de telecomunicações para discutir alternativas para o atual sistema de alertas. A proposta de Freitas é a implementação do cell broadcast.
Ele também solicitou a priorização de 39 cidades da região metropolitana de São Paulo e outras nove do litoral paulista, áreas consideradas com risco de deslizamentos.Em fevereiro, chuvas intensas no litoral paulista deixaram mais de 4 mil pessoas desabrigadas e 57 mortos. Na ocasião, o governador criticou o modelo de alertas.