Barcelona. Em menos de dois anos após o lançamento do 5G em Portugal, 98% dos municípios do país já têm cobertura com a nova tecnologia. No âmbito do MWC 2023, a DPL News entrevistou João Cadete de Matos, presidente da Anacom Portugal, que falou sobre os avanços do 5G.
Ele explicou que os pontos positivos do leilão do 5G em Portugal, que decorreu em 2021, foram a entrada de novos concorrentes e as obrigações de investimento significativas, que, entre outros marcos, inclui a cobertura de todos os municípios até ao final de 2024.
“Desde o ano passado, as operadoras tiveram que fazer um investimento significativo em cobertura, por isso temos agora 98% dos municípios com 5G, que são 302, e só falta ter cobertura 5G em seis”, explicou.
Além das obrigações, o presidente da reguladora portuguesa sustentou que outro dos elementos que fez avançar rapidamente a implementação da tecnologia foi o trabalho de partilha de infraestruturas. “As operadoras têm a obrigação de compartilhar a infraestrutura de dutos, postes e torres. Foi uma mudança, isso facilitou a conexão em todo o país. O investimento agora é nas antenas e no reforço da conexão de fibra entre as antenas. É muito importante para facilitar a implantação.”
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“Até agora em Portugal o uso que se está dando ao 5G é de maior velocidade e menor latência, mas não é o que se espera para o 5G do futuro, quando tivermos uma ligação de 1 Gbps. De qualquer forma, foi uma mudança significativa do ponto de vista da velocidade”.
“Estamos fazendo uma estratégia mista de investimento em banda larga fixa para cobrir todo o país, que está progredindo. Temos o compromisso do governo português com os fundos da União Europeia para fazer um investimento que garanta a cobertura total do território português durante os próximos três anos. A visão é que este ano 50% das áreas que ainda não têm cobertura de banda larga fixa estejam cobertas. Isso está em paralelo com as obrigações de cobertura móvel”, disse Cadete de Matos.
Consultado sobre a nova Lei das Comunicações, que entrou em vigor em novembro passado, o presidente da Anacom afirmou: “São os alicerces mais sólidos da concorrência para as empresas, e reforçam as garantias para os consumidores”.