A Justiça Federal determinou a suspensão temporária do Telegram e multa de R$ 1 milhão por dia de atraso no cumprimento de decisão judicial – ou 5% do faturamento da plataforma no Brasil do ano passado, o que for menor. Desta vez, o problema foi que a empresa não forneceu informações completas sobre canais neonazistas à Polícia Federal.
“Há agrupamentos lá de movimentos antissemitas atuando nessas redes e nós sabemos que isso está na base da violência das nossas crianças e dos nossos adolescentes”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta tarde.
Segundo o UOL, o pedido das informações decorreu da investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz, no Espírito Santo, em novembro passado.
No dia 19 de abril, a Polícia Federal pediu os dados de todos os integrantes de dois canais neonazistas, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, mas o Telegram forneceu informações apenas dos administradores de um dos grupos e não forneceu dados do outro, justificando que o grupo já foi encerrado.
Por isso, a Justiça determinou a ampliação da multa e a suspensão do Telegram em território nacional.
As operadoras de telecomunicações, Google e Apple deverão ser notificadas para interromper a operação do aplicativo.