Huawei busca eficiência energética em seus produtos 5G

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A Huawei prevê que o consumo de dados por usuário no mundo vai passar de 15 GB por mês para 600 GB por mês até 2030, um crescimento de 40 vezes que reflete a vida cada vez mais digital, informou Marcelo Motta, Head de Soluções e Cibersegurança da Huawei América Latina, durante o evento virtual Pós MWC Barcelona da Futurecom.

Diante deste aumento estrondoso, uma das dúvidas que surgem é como esse volume de dados, que vai se desenvolver durante o amadurecimento do 5G, vai impactar a eficiência energética.

Motta explicou que o 5G já é uma tecnologia mais eficiente em relação ao 4G. “O custo por bit no 5G é um décimo do custo por bit 4G”, afirmou. “Tem a ver com questão tecnológica”.

Outro ponto que deve ser considerado é a arquitetura dos equipamentos. “A Huawei tem feito investimento em P&D (pesquisa e desenvolvimento) para trazer produtos mais eficientes do ponto de vista energético. Cheguei a ver equipamentos com até 16% de redução de energia para a mesma cobertura”, comentou o executivo, completando que o investimento em P&D se traduz em um benefício real nos equipamentos.

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“Além do equipamento e da tecnologia, temos que olhar a arquitetura da rede, a questão da automação da rede, para fazer uso mais inteligente dos recursos disponíveis”, informou.

A Huawei tem o objetivo de reduzir a emissão de carbono por TB de 120 para 40 em um período de 10 anos. Para isso, tem que ter investimento em P&D – no ano passado, o valor investido foi de US$ 20 bilhões –, evolução tecnológica e evolução das arquiteturas da rede.

Motta também lembrou de um dado interessante que foi apresentado no Mobile World Congress, em março deste ano. “A construção de infraestrutura de telecomunicações e de tecnologia da informação vai ter crescimento de energia associada. Vai ter um crescimento de 2% na emissão de carbono na construção dessas infraestruturas”, explicou.

Mas o fato de trazer as infraestruturas para a sociedade vai gerar um ganho de eficiência de 20% na emissão de carbono. “É importante o fato de investir em infra para reduzir a emissão de carbono de forma generalizada”, comentou.

Importância da eficiência energética

Wilson Cardoso, CTO da Nokia, também abordou o tema da sustentabilidade. Ele disse que a eficiência energética tem se tornado cada vez mais importante tanto do ponto de vista das economias, como do ponto de vista dos investidores que buscam empresas que oferecem soluções mais sustentáveis.

“Não estamos falando apenas dos fabricantes, estamos falando das operadoras que oferecem no seu portfólio produtos e soluções mais verdes”, comentou.

Ainda participaram do debate da Futurecom Jacqueline Lopes, diretora de Relações Governamentais e Industriais da Ericsson para o Cone Sul da América Latina; Francisco Soares, vice-presidente de Relações Governamentais para a América Latina da Qualcomm; Ari Lopes, gerente sênior de pesquisa da Omdia; Hermano do Amaral Junior, diretor geral do Portfólio de Infraestrutura da Informa Markets; e a jornalista Adriele Marchesini, que moderou a conversa.