Exposição ao risco de ataques cibernéticos no Brasil está crescendo
5428 vulnerabilidades foram relatadas nas empresas só nos primeiros meses de 2023, diz IDC
Como o 9º maior mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do mundo, o Brasil tem enfrentando uma maré preocupante de vulnerabilidades. Apenas nos primeiros meses de 2023, mais de 5400 vulnerabilidades foram relatadas em empresas brasileiras, informa Pietro Delai, diretor empresarial do IDC na América Latina. Isso tem acendido o alerta para uma mudança estratégica nas prioridades das organizações.
De acordo com levantamentos do IDC, 37,5% das empresas no Brasil consideram os gastos com cibersegurança como elementos-chave do orçamento total de TI e 92% dos CIOs afirmam que vão manter ou aumentar seus investimentos nessa área em 2023. Espera-se que a porcentagem dos gastos totais com TI, focados em segurança nas empresas do país até o final 2023, seja de 3,5%; um aumento de 12% em relação a 2022.

Para Delai essa estimativa de investimento ainda é baixa a nível de comparação global, ressaltando que a característica do mercado latino em relação à segurança cibernética é de ser reativo e não preventivo. “O mercado de TI tem crescido quatro a cinco vezes mais que o PIB, é o momento para fazermos bons investimentos em segurança”, afirmou. “Dá para ser criativo e inovador, mas não estamos sendo. Podemos trocar ideias com outros países mais à frente nesses termos e ganharmos mais agilidade na tomada de ações.”
Olhando para o futuro, os CIOs estão planejando uma reestruturação das operações de segurança. Até 2026, estima-se que cerca de 30% das organizações com mais de mil funcionários migrem para centros de operações de segurança autônomos. Esses centros contarão com equipes distribuídas, permitindo uma gestão de riscos mais ágil, além de uma remediação e resposta a ameaças mais eficientes.