O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição da operadora de satélites Intelsat pela concorrente SES S.A, em uma transação avaliada em US$ 3,1 bilhões. A decisão foi divulgada em despacho no Diário Oficial da União da última sexta-feira, 21.
Anunciada em abril de 2024, a operação prevê que a SES adquira 100% das ações da Intelsat Holdings, consolidando uma das maiores fusões no setor de comunicações via satélite.
A decisão do Cade considerou possíveis sobreposições nos mercados de capacidade de satélites na América Latina e globalmente. Após análise de Atos de Concentração, o tribunal concluiu que a fusão não resultaria em efeitos adversos significativos à concorrência, devido à presença de rivalidade no setor e à entrada recente de novos competidores.
A Intelsat no Brasil detém autorizações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a exploração de 11 satélites estrangeiros, além de prestar serviços de comunicação multimídia (SCM).
Já a SES opera uma frota global de satélites, incluindo 43 em órbita geoestacionária e 26 em órbita não-geoestacionária, atuando principalmente nas bandas C, Ku e Ka. Com a aprovação, a SES fortalece sua posição no mercado de satélites geoestacionários.
A conclusão da transação ainda depende de aprovações regulatórias em outras jurisdições, incluindo a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC), que está avaliando a transferência das licenças e autorizações da Intelsat para a SES.