O Brasil já conta com 1.507 municípios com infraestrutura de rede 5G instalada, dos quais 1.025 oferecem o serviço de forma comercial, segundo dados atualizados do Ministério das Comunicações (MCom) e da Conexis Brasil Digital.
Com isso, sete em cada dez brasileiros vivem em áreas com acesso à nova geração de conectividade móvel, três anos após o início da implantação da tecnologia no país, em julho de 2022.
A expansão da rede vem sendo impulsionada por uma combinação de fatores: modernização legislativa, financiamento público e atuação coordenada entre Anatel, MCom e operadoras. Um dos marcos dessa trajetória foi a superação da marca de mil cidades com leis municipais de antenas atualizadas, registrada em maio deste ano, o que é considerado essencial para a densificação da rede 5G, que demanda maior número de estações por área.
Além disso, o MCom destaca o uso do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) como ferramenta de apoio direto à expansão da conectividade. Até o momento, foram contratadas operações no valor de R$ 2,5 bilhões, sendo R$ 2 bilhões via BNDES, para projetos de redes de alta capacidade e inclusão digital.
A rede 5G já está presente em todos os estados, com destaque para sua adoção em ambientes industriais e portuários por meio de redes privadas, além da crescente utilização do 5G para acesso fixo sem fio (FWA) em áreas sem cobertura de fibra.
Porém…
Apesar do avanço, o setor ainda enfrenta entraves, sobretudo na atualização de legislações municipais. Embora mil cidades tenham modernizado suas normas, milhares ainda operam com regras defasadas, o que pode retardar novas ativações e dificultar o cumprimento das metas estabelecidas nos editais do leilão de 2021.
“A expansão do 5G representa mais que avanço tecnológico: é inclusão, desenvolvimento e oportunidade”, declarou o ministro das Comunicações, Frederico Siqueira Filho.
O cronograma atual prevê que todas as cidades com mais de 200 mil habitantes estejam cobertas até este julho de 2025, e as demais até 2029, de forma escalonada conforme as obrigações assumidas pelas operadoras.