No primeiro dia da missão 5G nos Estados Unidos, autoridades brasileiras e estadunidenses conversaram sobre a segurança das cadeias de fornecimento do 5G e concordaram que é necessário “fomentar iniciativas de OpenRAN para aumentar a concorrência no mercado”, segundo Fábio Faria, ministro das Comunicações do Brasil.
Em um post no Twitter nesta terça-feira, 8, Faria contou que os primeiros encontros da missão foram com o Departamento de Estado e com o Departamento de Segurança Interna do país norte-americano. “Conseguimos extrair deles muitas informações que serão pertinentes para realizar um bom leilão do 5G no Brasil”.
De acordo com o ministro, as duas nações concordaram que é necessário estimular iniciativas de OpenRAN para melhorar a concorrência no mercado e a segurança cibernética. Ele acrescentou que procura “parceiros confiáveis para o setor”.
O modelo de rede OpenRAN permite a comunicação entre dispositivos de diferentes fornecedores. No Brasil, por exemplo, a maioria dos equipamentos instalados são da Huawei, e a rede aberta ajudaria a aumentar a competitividade com outras empresas de equipamentos para o 5G.
A Embaixada dos Estados Unidos destacou a discussão sobre o potencial econômico da nova tecnologia. “Valorizamos nossa forte parceria com o Brasil e continuaremos a aprofundar nossa cooperação econômica e de segurança”.
Além disso, reforçou a importância do país como apoio à segurança digital em toda a região.
Vale lembrar que os Estados Unidos já pressionaram o Brasil para não fazer negócios com a Huawei na implementação do 5G, sob o pretexto de adotar uma Rede Limpa da espionagem chinesa. No entanto, a página da iniciativa global saiu do ar após a posse do Presidente Joe Biden.
A comitiva brasileira está nos Estados Unidos desde o começo desta semana para conhecer redes privativas 5G e possíveis investidores do mercado de telecomunicações.