Os custos da faixa de 3,5 GHz tornam a Colômbia um dos países mais competitivos da América Latina em relação ao espectro 5G; os mais baixos comparados ao leilão na Argentina, Chile e Uruguai
O Ministério TIC da Colômbia apresentou o segundo rascunho para o leilão de espectro 5G, programado para 20 de dezembro, no qual revelou o preço da reserva, as obrigações de cobertura e as garantias correspondentes que habilitarão a tecnologia móvel de quinta geração no país.
Esse processo concederá licenças de uso de espectro radioelétrico em nível nacional nas faixas de 700 MHz, 1.900 MHz, AWS estendido, 2.500 MHz e 3.500 MHz.
A boa notícia é que os preços da reserva na faixa de 3,5 GHz, espectro ideal para o 5G, são mais baixos do que os leilões no Chile, Uruguai e Argentina, depois que o setor solicitou um ajuste em uníssono, uma vez que a Colômbia tem um dos preços de espectro mais altos da América Latina.
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Preços de leilão de espectro
Para o uso do espectro radioelétrico em nível nacional nas faixas de 700 MHz, 1.900 MHz, AWS estendido, 2.500 MHz e 3.500 MHz, o rascunho determina valores de reserva e obrigações de cobertura para cada bloco.
Na faixa de 700 MHz, será leiloado um bloco de 10 MHz com um valor de reserva de 511, 711 bilhões de pesos colombianos (aproximadamente de 125 milhões de dólares), e um valor de obrigações de cobertura de 122,747 bilhões de pesos (cerca de 30 milhões de dólares).

Na faixa de 1.900 MHz, o valor de reserva é de 295,539 bilhões de pesos colombianos (aproximadamente 72,6 milhões de dólares) e obrigações de cobertura de 180,508 bilhões de pesos (aproximadamente 44,3 milhões de dólares).
Na faixa AWS estendida, serão leiloados três blocos de 10 MHz cada um, com um valor de reserva de 295,539 bilhões cada bloco. Nesta faixa, o valor das obrigações de cobertura varia entre 41 e 47 milhões de dólares, dependendo do bloco.
A faixa de 2.500 MHz também terá três blocos de 10 MHz cada um, com um valor de reserva de 156 bilhões e 855 milhões de pesos colombianos (aproximadamente 38,5 milhões de dólares) cada bloco. No entanto, a resolução não define o valor das obrigações de cobertura.
Para a faixa de 3,5 GHz, serão quatro blocos, cada um com 60 MHz, com um valor de reserva de 238,729 bilhões de pesos colombianos (cerca de 58 milhões de dólares). Neste caso, as obrigações de cobertura também variam, entre 30 e 36 milhões de dólares, dependendo do bloco.
Além disso, serão oferecidos oito blocos de 10 MHz na faixa de 3,5 GHz para os vencedores dos blocos de 60 MHz, para que possam complementar o espectro para o 5G. Neste caso, o preço base será de 9,7 milhões de dólares.

Principalmente, as obrigações envolvem um cronograma de implantação de estações de rádio-base, conectividade em mais de 2.600 instituições educacionais (dependendo do bloco e da faixa, a quantidade de instituições a serem cobertas), semelhante ao modelo de leilão do Brasil, onde a conectividade das escolas foi considerada. Além disso, inclui-se a obrigação de cobertura de 368 localidades em todos os blocos e faixas.
Os comentários sobre este segundo rascunho serão recebidos até 15 de setembro, para ter uma resolução definitiva em 17 de outubro.
Os custos da faixa de 3,5 GHz tornam a Colômbia um dos países mais competitivos da região em relação ao espectro adequado para o 5G. São custos muito mais baixos do que os oferecidos na Argentina, Chile e Uruguai. No entanto, os blocos são um pouco menores do que os leiloados nesses países.
Método de pagamento
De acordo com o rascunho, as operadoras vencedoras farão um primeiro pagamento de 20% da contraprestação econômica dentro de 90 dias corridos após a assinatura do ato administrativo de atribuição de permissão de uso do espectro radioelétrico. O documento detalha que o pagamento do valor restante da contraprestação será feito em parcelas iguais a partir de 2028 até 2044.