MCTI
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, participou de reunião na quinta-feira na sede do MCTI, em Brasília, com a empresa multinacional e um dos principais players mundiais do ramo de semicondutores Intel. Na pauta da reunião, foram discutidos o mercado global e o desenvolvimento de semicondutores no Brasil.
No contexto da crise mundial de fornecimento do insumo tecnológico para as principais cadeias industriais, agravado pela instabilidade gerada pela guerra na Ucrânia, o ministro destacou que os países começam a enxergar o desenvolvimento, fabricação e fornecimento de semicondutores como uma questão de soberania.
“Estamos discutindo o segmento com a indústria básica de Defesa, de forma adiantada, e avançamos muito, especialmente no Marco Legal das Startups em compras de inovação”, argumentou o ministro. “Isso se refere não somente aos semicondutores, mas ao produto e à tecnologia embarcada. Precisamos começar a exercitar isso, ou não estaremos fazendo política industrial”. O ministro acrescentou que está muito presente o conceito de reindustrialização, “que passa necessariamente pela incorporação da transformação digital, seja por tecnologia ou dados embarcados, ou pela economia 4.0”.
O secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, José Gontijo, e o coordenador-geral de Tecnologias Digitais, Henrique Miguel, também apresentaram as iniciativas do Governo Federal para o desenvolvimento do setor, com foco em capital humano, logística, financiamento, legislação e acesso ao mercado, com destaque para instrumentos de incentivo, como o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS).
O diretor de Assuntos Governamentais para América Latina e África da empresa, Fernando Loureiro, fez uma apresentação contendo estudos da empresa sobre o contexto mundial e uma análise dos diversos instrumentos globais para incentivo à indústria de semicondutores.
“No Brasil temos muitas coisas, como o PADIS, a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial, o Plano Nacional de Internet das Coisas”, lembrou o diretor. “Falta uma forma de alavancar tudo isso de uma forma mais perceptiva para o investidor”.
Ao fim da reunião, representantes do governo e da empresa concordaram em ampliar as discussões e articular uma agenda conjunta para o alinhamento de esforços que possam criar novas oportunidades o desenvolvimento tecnológico e econômico do setor no Brasil.