Assim como os chips, data centers também devem ter incentivos fiscais, defende Brasscom

A Brasscom, associação que representa o setor de tecnologia da informação e comunicação no Brasil, apresentou uma proposta ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) destacando a importância dos data centers para a economia nacional e sugerindo formas de tornar o Brasil mais atrativo para empresas do setor.

Parte do relatório intitulado “Atração de Investimentos em Data Centers no Brasil”, de seu plano Brasil Digital 2030, sugere a redução temporária de impostos, como a diminuição das taxas alfandegárias e dos impostos de importação de equipamentos, com o objetivo de corrigir distorções tributárias que prejudicam a competitividade da indústria; algo semelhante a política nacional de incentivos à produção de semicondutores (Brasil Semicon).

Outro aspecto abordado é a necessidade de desburocratizar os processos de licenciamento e autorizações para a importação de equipamentos, além de harmonizar normas entre as diferentes esferas de governo.

A Brasscom ressalta que o Brasil é considerado um hub digital importante na América Latina, representando 50% do mercado de data centers na região e que possui vantagens competitivas como uma matriz energética diversificada, estabilidade geográfica e proximidade com mercados significativos na América do Norte e Europa.

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Captura de tela. Crédito: Brasscom

Isso quer dizer que a conectividade internacional é facilitada pelo acesso a cabos submarinos, que garantem alta velocidade e baixa latência no tráfego de dados. A capacidade instalada dos data centers no Brasil é de 481 MW de TI, e projeta-se que essa participação aumente para 60,4% até 2029, com um crescimento da infraestrutura para 1,6 GW e um valor de US$ 3,5 bilhões.

O levantamento aponta que essa expansão beneficiará não apenas o setor de TI, mas também várias outras indústrias, como construção civil, transporte e comércio, criando um ciclo de desenvolvimento econômico que fortalecerá a cadeia produtiva do país.

A proposta também inclui investimentos em infraestrutura e capacitação de pessoas, promovendo a criação de parques de data centers e oferecendo incentivos para cursos de formação e profissionalização, tanto para o setor público quanto privado, visando a adoção de tecnologias em nuvem.

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