98,9% dos brasileiros têm celular como principal meio de acesso à internet: IBGE
Os dados sobre acesso à tecnologia móvel no Brasil entre 2016 e 2022, divulgada na quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), revelam que no período de 2016 a 2022, a cobertura de rede móvel celular cresceu de 86,2% para 92,0% em todo o país e que o telefone móvel celular, é o meio mais comum de acesso à internet (98,9%).
Em vários aspectos do levantamento, a diferença entre áreas urbanas e rurais persiste, embora tenha diminuído consideravelmente desde 2016, quando a discrepância era superior a 40 pontos percentuais. Atualmente, a área urbana possui cobertura móvel de 95,2%, enquanto a rural possui 69,4%.
Em 2022, estima-se que 86,5% da população com 10 anos ou mais possuíam telefone móvel celular no Brasil, um aumento constante desde 2016. Sendo que nas áreas urbanas são 88,9% em posse de dispositivos móveis e, nas áreas rurais, 71,2% nas áreas rurais, destacando uma divisão digital persistente.
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Quem não tem celular e por quê
Cerca de 13,5% da população com 10 anos ou mais (aproximadamente 25 milhões de pessoas) ainda não possui celular para uso pessoal em 2022. Os principais motivos citados incluem a falta de conhecimento no uso (26,5%), o custo do aparelho (24,8%), e a ausência de necessidade (22,0%). Notavelmente, entre os jovens de 10 a 13 anos, preocupações com privacidade ou segurança (17,2%) e o hábito de utilizar o telefone de outra pessoa (19,7%) surgem como fatores significativos.
Em suma, os dados indicam que, embora o acesso à tecnologia móvel esteja em ascensão, ainda existem desafios a serem superados, especialmente em áreas rurais e entre grupos demográficos específicos, o que ocorre também quanto ao acesso à rede fixa. “Temos avançado bastante na cobertura em todo o país, chegando a mais de 90% dos domicílios brasileiros com internet banda larga. O grande desafio atualmente, como indica a pesquisa, é o letramento digital”, afirma o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.