Eduardo Paes anuncia plano de fazer do Rio o maior polo de data centers da América Latina

Eduardo Paes, prefeito da cidade do Rio de Janeiro, lançou oficialmente o projeto Rio AI City que ambiciona tornar o Rio no maior polo de data centers da América Latina e um dos dez maiores do mundo. O anúncio foi feito durante a abertura do Web Summit Rio 2025, evento anual internacional de tecnologia que permanecerá na cidade até 2030.

O projeto será desenvolvido na região do Parque Olímpico e prevê a construção de um campus de inteligência artificial de última geração, com uma capacidade inicial de 1,8 gigawatts até 2027, podendo chegar a 3 gigawatts em 2032

Toda essa infraestrutura será movida por energia limpa e terá acesso ilimitado à água, sendo projetada para operar com alta resiliência e transmissão de dados em tempo real, isto é, com latência zero.

Além disso, o “Rio AI City” estará conectado diretamente a Porto Maravilha, área estratégica que já vem sendo desenvolvida como um centro de inovação urbana e tecnológica. Essa integração será parte de um novo ecossistema de inovação e qualidade de vida planejado para o Rio. 

Em Porto Maravilha, está previsto o projeto “Mata Maravilha”, que ocupará mais de 200 mil metros quadrados e combinará natureza com infraestrutura de ponta, incluindo um novo porto, parques, hotéis, torres residenciais com conceito verde, um centro de convenções, espaços de lazer, restaurantes e um shopping. 

A ideia é que esse ambiente estimule a convivência entre startups, empresas e o poder computacional oferecido pelo futuro “Rio AI City”. Com isso, o prefeito enfatizou que o Rio não quer apenas observar a revolução tecnológica em curso no mundo, mas ser protagonista dela, promovendo inovação com responsabilidade social e ambiental. 

A proposta também envolve a criação de um ambiente ideal para a instalação de supercomputadores, como o Santos Dumont, que já opera no Laboratório Nacional de Computação Científica. 

Local propicio

O Rio tem uma localização privilegiada na costa sudeste do país, próxima aos principais cabos submarinos internacionais de dados que conectam o Brasil com a América do Norte, Europa e África; o que reduz a latência e melhora a velocidade de transmissão de dados internacionais.

Além disso, é um importante centro urbano, com infraestrutura consolidada de energia elétrica e redes de fibra óptica. Porto Maravilha já abriga iniciativas relevantes como o IMPA Tech, escola superior de matemática aplicada, e o polo de inovação Porto Maravalley, que já é referência nacional. 

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O Rio conta com 23 data centers. Fontes: várias. Gráfico: DPL News

O Web Summit também tem efeito direto na economia da cidade. Segundo estudo da prefeitura, as oito edições previstas até 2030 devem gerar um impacto econômico de cerca de R$ 1,8 bilhão, sendo que só a edição de 2025 deve movimentar mais de R$ 170 milhões, principalmente nos setores de turismo e hotelaria.

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