Valor – Ivone Santana
A operadora de telefonia Oi, em junho de 2016, registrava o maior pedido de recuperação judicial já feito no país, com dívidas que chegavam a R$ 65,4 bilhões. Agora, para sair dessa proteção contra credores e colocar a Nova Oi de pé, a empresa precisa do sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Cinco anos depois, a companhia tem uma dívida líquida de R$ 21,8 bilhões, com projeção de cair a R$ 14 bilhões em 2024. Mas nesse período, a receita também encolheu, de R$ 26 bilhões para R$ 18,8 bilhões; e o prejuízo aumentou, de R$ 8,2 bilhões para R$ 10,5 bilhões, no ano passado. No segundo trimestre deste ano, a última linha do balanço mostrou uma recuperação, com lucro de R$ 1,1 bilhão.
Mas na bolsa, as ações da Oi estão sofrendo. Em janeiro de 2016, o papel valia R$ 1,63. Em junho, quando a companhia pediu proteção judicial contra os credores, caiu a R$ 0,94 – a mesma cotação registrada no pregão desta segunda-feira, 11 de outubro. No ano passado, as ações da Oi até registraram uma curva de alta, depois de atingir o vale de R$ 0,50 em março, quando a pandemia começou a tomar conta do país. Mas desde janeiro deste ano, o papel só cai.