Teletime – Henrique Julião
O mercado brasileiro de banda larga fixa pode ter cerca de 11,8 milhões de acessos não identificados pelas estatísticas da Anatel, afirmou o diretor da Abrint, Basílio Perez. Em evento do mercado de fibra ótica realizado em São Paulo nesta terça-feira, 26, o dirigente da entidade de provedores regionais (ou ISPs) afirmou que o desencontro ocorre por conta de players do segmento que não reportam sua base de clientes ou que fazem isso de forma errônea. Considerada a estimativa, o mercado brasileiro de banda larga teria mais de 42 milhões milhões de acessos, e não 31,1 milhões, como reportado pela agência em janeiro.
A estimativa foi elaborada pela consultoria Futurion, que comparou dados da Anatel de setembro passado com outros coletados por pesquisas como o Pnad, TIC Domicílios, TIC Empresas e TIC Governo. “Usando a faixa inferior da margem de erro dessas pesquisas, a consultoria detectou que faltam 11,8 milhões de acessos nos dados da Anatel”, afirmou o dirigente. Dessa forma, a Abrint sustenta que os domicílios com serviço de banda larga fixa não seriam 44,8% dos lares, mas cerca de 61%. “Assim, 40% da banda larga seria feita por pequenos provedores, e não os 20% e poucos considerados oficialmente”, completou, sinalizando que a “culpa” pela diferença não seria da Anatel, mas dos próprios provedores regionais.