Qual a quantidade de conexão à Internet que uma pessoa precisa no dia a dia? Para ajudar o consumidor a responder essa questão, o Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações (Ceptro.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) desenvolveu a ferramenta “Internet que Preciso”. A partir das respostas ao formulário disponível na página, calcula-se gratuitamente o volume de banda larga recomendada para o perfil de uso de quem faz a consulta.
A ferramenta, que também permite avaliar a qualidade da conexão à Internet, busca facilitar a jornada do consumidor que, ao preencher o formulário, identifica suas reais necessidades e recebe, baseado neste perfil, recomendações sobre qual é a banda mais adequada, assim como latência e perda de pacote limites. “O esforço vem justamente na construção de uma metodologia que traduza métricas tecnológicas complexas em algo acessível ao público geral, vinculando os usos ou atividades mais comuns às métricas de qualidade de Internet”, pontua Paulo Kuester Neto, analista de projetos do NIC.br e um dos responsáveis pela iniciativa.
A fórmula foi elaborada com base em três métricas: velocidades de download, latência (medida de tempo para uma mensagem ir a um destino e voltar) e perda de pacotes, que é percebida em forma de serviços lentos, interrupções na conexão de rede ou mesmo perda total da conectividade.
“Os requisitos para se realizar o cálculo dependem de quantas pessoas, quantos e quais tipos de dispositivos ficam conectados à Internet e para quais atividades ela é utilizada. A ideia é fazer com que o consumidor não pague mais do que precisa, nem tenha um plano insatisfatório”, complementa Kuester.
A ferramenta também indica quais os provedores atuam na região geográfica do local em que o usuário está fazendo a consulta, tudo isso utilizando dados anonimizados e tratados estatisticamente, advindos do conjunto de medidores SIMET que o NIC.br disponibiliza gratuitamente à sociedade para avaliação da banda larga.
“Ao falar sobre conexão, tendemos a nos lembrar de grandes provedores, e isso funciona bem para as capitais, mas não necessariamente para o interior. A maioria das conexões Internet no Brasil é fornecida por pequenas empresas. Algumas delas não têm site nem grande divulgação. A relação que aparece após a consulta é justamente para elencar os provedores pelas características da banda larga que ofertam”, explica Milton Kashiwakura, diretor de Projetos Especiais e de Desenvolvimento da entidade.
“Quanto mais medições houver, mais completa a ferramenta ficará ao longo do tempo, mais opções serão apresentadas às pessoas que a utilizarem e, consequentemente, haverá mais contribuição para os usuários de Internet no Brasil e para o desenvolvimento contínuo da rede no País. Por isso, é importante que os provedores de acesso à Internet que queiram ser listados como opção para os consumidores também participem do processo fazendo suas próprias medições. Assim entrarão no ‘radar’ da ferramenta”, avalia Demi Getsckho, diretor-presidente do NIC.br.
*Com assessoria de imprensa