América Latina não precisa olhar para o Norte para definir sua rota digital: ICT LAC

Salvador, Brasil. – A América Latina e o Caribe têm seus próprios desafios e devem encontrar as respostas internamente: não precisam olhar para o Norte para definir sua rota digital. Essa ideia e a necessidade de um diálogo regional constante e robusto foram defendidas pelos participantes do ICT LAC Summit, que está ocorrendo em Salvador, na Bahia, Brasil.

Carlos Baigorri, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), pediu às autoridades da América Latina e do Caribe que “olhem para nossas próprias realidades e priorizem nossa integração e desafios”. Para Baigorri, é complexo “conseguir um mercado único regional com leis e normativas iguais, mas podemos fazê-lo com a mesma visão”.

No mesmo sentido, Javier Juárez Mojica, presidente do Instituto Federal de Telecomunicações (IFT) do México, destacou que “um país sozinho pode ter impacto, mas limitado, enquanto juntos temos um potencial imenso“. Ele concordou com os demais painelistas ao afirmar que sempre se deve “ouvir todos”, mas insistiu na integração regional para “ir mais rápido” no caminho da transformação digital.

Em sua vez, Edwin Fernando Rojas, da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), lembrou que a América Latina enfrenta uma série de desafios que podem encontrar boa parte de sua solução no ecossistema digital. Entre eles, mencionou o baixo crescimento e o estancamento da produtividade, alta desigualdade e limitada capacidade institucional. “A ideia de um mercado digital regional deve estar mais forte do que nunca, pois temos muitos desafios comuns e ações coordenadas nos permitirão encontrar soluções melhores e mais rápidas.”

Por sua vez, Lorenzo Sauceda Calix, presidente da Comissão Nacional de Telecomunicações de Honduras (Conatel), em representação da Presidência Pro Tempore da Comunidade de Estados Latino-Americanos (CELAC), afirmou que seu país está “em processo” de decisões chave em matéria digital que permitam aos seus cidadãos uma melhor qualidade de acesso. “Buscamos integrar-nos à América Latina em um processo colaborativo e solidário que nos dê força para o desenvolvimento de Honduras”, disse.

As palavras de boas-vindas foram de Jorge Fernando Negrete, presidente do DPL Group, e da advogada TIC Adriana Sarkis.

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