A evolução do debate de telecomunicações em 50 anos

Em 1974, os televisores brasileiros exibiram pela primeira vez os jogos de uma Copa do Mundo de futebol a cores. Naquele ano, menos de um terço dos lares do país possuíam uma TV. Um telefone em casa também era um privilégio. O número de aparelhos no país não ultrapassava 3 milhões para uma população de aproximadamente 93 milhões de pessoas, segundo dados do Censo de 1970 da então Fundação IBGE. Hoje, o telefone é móvel, pessoal, cabe no bolso, entrega inúmeros serviços, incorporou a televisão e está nas mãos de milhões de brasileiros. O total de chips no Brasil já é superior aos mais de 200 milhões de habitantes do país.  

Em cinco décadas, o setor de telecomunicações viveu uma revolução e a conectividade se tornou um dos bens mais preciosos do planeta. A transmissão de dados é a base do funcionamento de quase tudo o que conhecemos e experimentamos hoje. A história dessa evolução será o pano de fundo das discussões do Painel Telebrasil, o principal evento de telecomunicações do país e que completa 50 anos agora em 2024.

A Telebrasil – Associação Brasileira de Telecomunicações –  foi constituída em 25 de janeiro de 1974 e desde então demonstra a robustez de sua fórmula ao reunir líderes de diferentes setores,  incentivar soluções, influenciar e formar opiniões de maneira ampla, aberta e multidisciplinar. Se naquele 1974, o recém-criado Sistema Telebrás ainda era novidade para o setor, hoje as empresas que atuam no país são privadas, existe uma agência reguladora que cuida do assunto e estamos discutindo o futuro com o 5G e a inteligência artificial. Não é à toa que estes são dois dos temas principais desta edição cinquentenária do Painel Telebrasil, que acontece nos dias 5 e 6 de novembro.

Com dois anos de implantação e bilhões de reais investidos pelas operadoras de telecomunicações, o 5G tem avançado rapidamente no Brasil. A tecnologia possui hoje 33,2 milhões de conexões e está presente em 672 municípios com 28 mil antenas, três vezes mais que a meta estipulada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para o período. Com alta velocidade, baixa latência e capacidade de conectar múltiplos equipamentos com qualidade, o 5G é essencial para suportar aplicações relacionadas à Internet das Coisas, inteligência artificial, machine learning (aprendizado de máquina), realidade aumentada e virtual e big data analytics (análise massiva de dados).

A reforma tributária em discussão no Congresso Nacional, importante para o desenvolvimento do país e para o setor de telecomunicações, também estará em discussão no Painel Telebrasil. O Brasil possui a 3ª maior carga tributária do mundo para o setor e tende a ultrapassar 30% com a aprovação do texto na forma em que se encontra. Segundo estudo da consultoria Omdia, em parceria com a Nokia, o 5G sozinho pode gerar impacto positivo na economia de US$ 1,2 trilhão até 2035. É fundamental, portanto, que conectividade seja vista com um bem essencial dentro da reforma tributária.

Em dois dias, teremos no Painel Telebrasil discussões sobre conectividade, tecnologia, educação, inclusão digital, modelos de negócio e infraestrutura, promovendo o engajamento e o diálogo entre autoridades do setor público e empresários.

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