Durante seu discurso na Cúpula do G20, em Joanesburgo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a concentração global de tecnologia e defendeu maior autonomia digital para países em desenvolvimento. O presidente afirmou que o controle de dados, algoritmos e infraestrutura pelas grandes economias aprofunda desigualdades e pode configurar um “colonialismo digital”.
No campo da IA, Lula falou de desigualdade digital: afirmou que 2,6 bilhões de pessoas ainda não têm acesso ao mundo digital, e que há uma concentração de poder em algoritmos, dados e infraestrutura, o que pode tornar a inovação excludente.
Ele defendeu uma governança global da inteligência artificial com a ONU como centro de debate. Segundo ele, a tecnologia deve estar vinculada a direitos humanos e trabalhistas. “Cada painel solar, cada chip, cada linha de código deve ter a marca da inclusão social”.
O presidente também relacionou IA e trabalho: destacou que cerca de 40% da força de trabalho mundial está em funções altamente expostas à automação ou à complementação tecnológica, argumentando que seu uso deve proteger os trabalhadores.