Huawei e Softex propõem medidas para implementar F5G no Brasil

A Huawei, a Softex, Apex e a Teleco lançaram o whitepaper F5G – O Brasil Conectado no Mobile World Congress 2023 nesta quarta-feira, 1º. O objetivo é levantar essa discussão para elaborar um novo Plano Nacional de Banda Larga no país e implementar o F5G (fixed 5G).

O F5G é a quinta geração da banda larga fixa, explicou Atílio Rulli, vice-presidente de relações públicas da Huawei para a América Latina e Caribe. O F5G exige o uso massivo da fibra óptica para dar cobertura e qualidade à rede fixa.

O estudo diz que o Brasil ainda se encontra no início do processo do F5G, mesmo com o avanço dos últimos anos. Desde 2014, a banda larga fixa ganhou 7% mais assinantes a cada ano e, nos últimos 10 anos, a fibra se tornou a tecnologia mais usada na banda larga fixa.

Rulli lembrou que o Plano Nacional de Banda Larga do Brasil usava como referência a velocidade de 34 Mbps, mas a média atual do país é de 88 Mbps. “E a meta é chegar em 150 Mbps em 2023”, disse.

A proposta fala em construir um Giga Brazil, que é baseado em três pilares:

  • 100 Mega Village: meta de conectar 90% das áreas com menos de 20 mil habitantes com fibra até 2030, aumentando a velocidade média para 100 Mbps;
  • Giga City: garantir que 95% da banda larga fixa seja conectada com fibra até 2030 e aumentar a velocidade média de São Paulo e Rio de Janeiro para 1 Gbps; 
  • 10 Giga Industry: o objetivo final de promover o F5G Brasil é criar uma economia digital com até 10 gigabits de largura de banda e 20 microsegundos de latência para aumentar as oportunidades de automação.

O whitepaper também traz recomendações de políticas para construir o projeto:

  • Apoiar o investimento estratégico em banda larga fixa com um ambiente e mecanismo amigáveis;
  • Regular o compartilhamento de infraestrutura;
  • Desenvolver políticas, regulamentos e especificações padrão para pré-implantação de fibra;
  • Conceder autorização única com meios digitais; e
  • Estabelecer um mecanismo de medição de experiência para redes de banda larga fixa.

Questionado sobre os próximos passos, Rulli afirmou que o grupo já conversou com a Anatel e está dialogando com o Ministério das Comunicações e associações do setor. 

“O objetivo é que esse estudo seja divulgado no ecossistema de telecomunicações e TI para fazer um novo Plano Nacional de Banda Larga, que é a fundação para um plano de uma nação digital”, completou.