Governo do Ceará fala em parcialidade da Anatel sobre cabos submarinos

“Estamos diante de uma ação coordenada por um grupo econômico, com auxílio do órgão regulador utilizado a reboque” dispara comunicado.

A SPE Águas de Fortaleza se manifestou em comunicado após a Anatel recomendar outro lugar para instalação de usina de dessalinização na Praia do Futuro, se posicionando contra sua construção. Na nota, a SPE de Fortaleza acusa a agência de manifestação parcial e sem base técnica.

A nota diz ainda que o comportamento da Anatel sobre o estado do Ceará destoa de outros estados quanto aos cabos existentes nas praias do Rio de Janeiro e São Paulo. “Será que a Anatel não conhece o que revelam as cartas náuticas desses lugares?”, questiona.

O projeto de construção da usina pelo Cagece, fornecedora de água no estado do Ceará, foi oficialmente aprovado em 8 de novembro pelo Coema (Conselho Estadual do Meio Ambiente), sob a polêmica do risco de derrubada na internet no Brasil, pela proximidade com os cabos submarinos que cortam a região.

Contudo, a SPE de Fortaleza ressalta na nota que o projeto não gera qualquer ameaça aos cabos submarinos ou aos data centers que existem na praia do Futuro, uma vez que foi aprovado com mais de 20 pareceres de órgãos técnicos ambientais.

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A nota pode ser lida em sua íntegra abaixo:

“O projeto da usina de dessalinização não traz qualquer ameaça aos cabos e nem aos data Centers que existem na Praia do Futuro. Isso está claramente demonstrado, razão pela qual mais de 20 pareceres de órgãos técnicos ambientais aprovaram a Licença Prévia para a execução do projeto.

O governo e o povo cearense, que convivem com o problema da falta de água, não devem aceitar um parecer sem base técnica, manifestamente parcial, que atende apenas a interesses privados. A Anatel não tem poder de veto no projeto e está apenas sendo porta-voz de empresas interessadas em privatizar a Praia do Futuro.

Enquanto agência reguladora tem apresentado comportamento eivado, de rigor desnecessário no Estado do Ceará, sua conduta destoa de outros Estados, quando fez vistas grossas para os cabos existentes no Rio de Janeiro e do litoral paulista. Será que a Anatel não conhece o que revelam as cartas náuticas desses lugares?

Estamos diante de uma ação coordenada por um grupo econômico, com auxílio do órgão regulador utilizado a reboque, para tentar retirar do povo cearense, em nome de interesses privados, o direito básico do acesso à água. A SPE Águas de Fortaleza mantém a posição de seguir o cronograma da obra.”

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