Projeto voltado para alunos do ensino médio intenciona acesso digital dentro e fora das escolas.
A ilha de Santa Lúcia é um país caribenho com uma população estimada em 180.000 habitantes e apenas 102 escolas. Por lá, todas elas possuem conectividade por fibra óptica fornecida pelas duas principais operadoras no país: Digicel e Flow com uma velocidade média de 200 mbps – quatro vezes mais que o disponibilizado nas escolas do Brasil.
Desde 2013 o governo fornece dispositivos aos alunos do ensino médio e também do fundamental. No ensino fundamental é oferecido um tablet por estudante para ser utilizado na escola, enquanto o programa voltado para os alunos do ensino médio é mais robusto: um laptop para uso também em casa.
“A ideia é levar um computador não apenas para o aluno, mas também para casa, porque há algumas casas onde não havia nenhum dispositivo antes dos fornecidos pelo governo e isso beneficia outros filhos e até mesmo os pais”, explicou Joshua Vernor, gerente de sistemas de informação do Ministério da Educação de Santa Lúcia, com exclusividade à DPL News.
Vernor explica ainda que os professores também recebem laptops e ressalta que os dispositivos utilizados pelos estudantes do ensino médio são melhores programados e mais robustos do que os utilizados pelas escolas secundárias, dada a necessidade de utilização dos níveis escolares.
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Virtualização do ensino
Ele, que também esteve presente no evento da Huawei LAC ICT Talent Summit 2023, que ocorreu no início deste dezembro em Bogotá, avaliou a ocasião como uma oportunidade de levar às 102 escolas da ilha, as estratégias de inovação educacionais expostas por especialistas de toda a América Latina e Caribe.
Ao considerar as disparidades que cada país da região possui, Joshua Vernor reconhece que nem tudo pode ser replicado, mas a virtualização do ensino, que todos tiveram que encarar na pandemia, pode ser retomado – fator que ficou esquecido em Santa Lúcia na volta ao presencial.
“Voltamos para a sala de aula e não continuamos com o aspecto de aprendizado virtual, como deveríamos. Então, estou percebendo que há um lugar para a modalidade híbrida no caso de haver outra pandemia e para alcançar as crianças que estão mais distantes ou que não podem chegar à escola em um determinado dia”, ponderou.
Santa Lúcia está trilhando seu caminho de modernização educacional e superando desafios para uma educação de qualidade em todo o país. O comprometimento com a conectividade e a integração de dispositivos tecnológicos indicam um futuro promissor para a ilha, na avaliação do funcionário do governo.