Futurecom 2025 | Satélites representam o desafio e a megatendência da transformação digital
Anatel avançará sobre o “domínio do espaço” na agenda do próximo biênio, afirmou o conselheiro Alexandre Freire durante a 30ª edição do Futurecom.
São Paulo. O domínio do espaço é a nova fronteira geopolítica, defendeu o conselheiro diretor da Anatel, Alexandre Freire. Em abril, a Agência abriu um alerta para a revisão do regulamento de satélites, diante de demandas como soberania, aumento de pedidos por autorizações e a necessidade da ampliação da conectividade.
O conselheiro apontou, em sua fala durante o Futurecom 2025 nesta terça-feira (30), que o setor regulado está no meio de um embate da conectividade satelital que, por sua vez, vive esse momento histórico que o posiciona como a nova fronteira geopolítica. Assim sendo, o setor técnico da Anatel deve se debruçar sobre este tema na agenda do próximo biênio, revelou.
“Estamos prontos para regular o espaço?” provocou. Para Freire, há uma clara necessidade da diversificação de players no setor satelital em favor da democratização da internet, sobretudo em áreas remotas, mas frisou o desafio da governança internacional como um dos mais relevantes problemas no tocante à soberania digital, citando a breve suspensão do pedido da Starlink para avaliação do impacto dos 7,5 mil satélites adicionais que foram autorizados a orbitar no céu do Brasil.
O ponto atinge diretamente não só a questão concorrencial como a da inclusão digital. Na região Amazônica os esforços têm se voltado para as infovias, mas a presença da Starlink é incomparavelmente maior e vital para a conectividade de comunidades indígenas, mas também do garimpo. Eis aí a necessidade da Anatel de rever as regulações relacionadas, a exemplo do novo PGMC.