Enchentes no RS | Teles enfrentam dificuldades, mas serviços não param
Falta de energia elétrica, data centers desligados e empresa pública fazendo parceria com a Claro, são alguns dos desafios enfrentados pelo setor de comunicações.
O momento é de união de forças para enfrentamento do cenário de destruição e inundação no Rio Grande do Sul, diante das fortes chuvas que têm assolado o estado. Isso ressaltou a TIM em coletiva de imprensa durante a divulgação de seus resultados financeiros nesta terça, 7.
O CEO, Alberto Griselli, afirmou estar ocorrendo um forte trabalho de cooperação com a Claro e Vivo para que haja comunicação nas regiões afetadas, ao abrirem o roaming de dados.
Dos 427 municípios atendidos pela TIM, 20 estão isolados e 100 com infraestruturas parcialmente afetadas, enquanto 74% dos municípios estão operacionais com o roaming aberto pelas outras operadoras, comentou o CTO Marco Di Costanzo. A operadora também está com equipe técnica em campo, com a devida segurança, trabalhando na recuperação da infraestrutura.
A Procempa, Empresa Pública de Tecnologia da Informação e Comunicação da prefeitura de Porto Alegre, capital do estado, teve várias de suas secretarias de seu prédio alagadas, mas não houve interrupção do trabalho. Com sua rede de 800 Km de fibra óptica e a parceria com a Claro para fornecimento de modems 4G e 5G, foi permitida a continuidade dos serviços das equipes de emergência.
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A regional Unifique, divulgou nota dizendo que 23 mil clientes estão sem internet, o que representa 3% do total de acessos da operadora e 15% dos acessos no Rio Grande do Sul. A companhia também enviou equipes a campo vindos do estado vizinho, Santa Catarina, para somar forças com os operadores do RS na recuperação de sinal e infraestrutura.
A Unifique ressalta que desde as últimas chuvas em setembro do ano passado, vem removendo pontos de presença em áreas de risco, o que tem minimizado maiores perdas neste momento.
Desligamento de data center
O Procergs (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul), chegou a desligar ontem (6) seu data center por quatro horas, devido à subida do nível de água no local, de forma que a empresa não poderia conter os danos.
Argentina envia ajuda
O governo de Javier Milei colocou à disposição do Brasil uma brigada composta por 20 cães da Polícia Federal Argentina, um avião de transporte de pessoas ou carga, três helicópteros, equipamento móvel de saúde e equipe médica, mergulhadores da Marinha Argentina, duas plantas de purificação de água entre outros itens, além de reiterar solidariedade com o povo brasileiro. O estado do Rio Grande do Sul é a divisa direta do Brasil com a Argentina.
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Grupos de resgate informam que o cenário é desolação, com corpos de pessoas e animais boiando na água que já quase atinge o topo das árvores e dos telhados das casas. A previsão era de que levasse até sete dias para baixar, mas há indícios de mais chuva a partir desta quarta, 8.
O número de mortos acaba de subir para 90, segundo a Defesa Civil e os atingidos passam de 1 milhão, entre 111 desaparecidos e milhares de famílias em abrigos improvisados ou em casas de parentes. O reconhecimento de calamidade pública pela União se estenderá até 31 de dezembro de 2024 e os recursos para ajuda chegam a R$ 5 bilhões.
