Embratel: nuvem, cibersegurança e automação são os pilares do governo digital

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“O setor público precisa migrar para a nuvem, senão não há como dar conta do grande volume de dados dos cidadãos”, sentenciou Maria Tereza Lima, diretora-executiva da Embratel para governo, em entrevista à DPL News. 

A executiva, que tem liderado na última década a vertical de soluções para governos nas esferas estaduais, municipais e federal, destaca três pilares essenciais para a digitalização e maior eficiência do setor público: o primeiro e já citado, é a nuvem, o segundo a cibersegurança e, em terceiro, a automação.

A Embratel, voltada para o B2B do Grupo Claro Brasil, conta com uma equipe de cerca de 4 mil profissionais dedicados exclusivamente ao desenvolvimento de soluções digitais para órgãos do governo. E para cada necessidade e nível de maturidade ou capacidade digital, também conta com parceiros estratégicos como a AWS, Huawei, IBM, Cisco, entre outros.

DPL News: Destes 10 anos, o que você pode destacar a nível de mudanças e inovações para o setor público?

Maria Teresa Lima: Olho para o cidadão que está mais exigente e preocupado com cibersegurança, também não quer sair de casa para resolver coisas que podem ser feitas pelo seu smartphone, então a digitalização dos serviços é o mais evidente, plataformas como o Gov.br. A inovação é um processo permanente, contínuo. E quanto mais você inova, quanto mais você digitaliza, quanto mais você entrega serviços melhores ao cidadão mais ele exige. Então, os desafios também vão crescendo.

DPL News: Neste sentido, quais são as soluções mais buscadas pelos governos? Qual é a maior preocupação? 

Para atender às demandas crescentes, a migração para cloud tornou-se fundamental. É um movimento que já vem ocorrendo de uns cinco anos para cá e tem sido bem-sucedido. E ir para a nuvem não é um processo simples, precisa analisar quais são os sistemas que eles têm, quais são as aplicações que existem, para quais nuvem eles devem levar e o que não levar.

Além disso, a automação de processos e serviços e a cibersegurança são prioridades, visto que os governos lidam com grandes volumes de dados sensíveis e precisam garantir a segurança e eficiência de suas operações. É um ponto que necessita de muita atenção, já que o alvo prioritário de hackers, não só no Brasil, são os sistemas de governo

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DPL News: E quais são as soluções que a Embratel desenvolve especificamente para este setor?

Maria Teresa Lima: A automação de processos, ou RPA (Robotic Process Automation), é uma área em que estamos focados. Trabalhamos com os governos para identificar oportunidades de automação em diferentes setores, como saúde, educação e eleições. Utilizamos metodologias ágeis e modernas de desenvolvimento de aplicações e suas integrações, dessa forma as implementações são muito mais rápidas. Temos especialistas nisso, mais de 4 mil atuando neste sentido.

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DPL News: Há parceria com outros players que contribuam com este trabalho? Quem são?

Maria Tereza Lima: Sim, neste ambiente de inovação não se trabalha sozinho. A Embratel tem como estratégia buscar parceiros que sejam reconhecidos e que conheçam bastante aquilo no qual eles são especializados e que, junto com o nosso time, criem soluções.

Na parte de cloud, a AWS é um exemplo. Somos um dos principais parceiros da AWS no Brasil. Acabamos de ganhar um prêmio nos EUA por essa parceria no case das eleições presidenciais de 2022, a qual fomos responsável por toda a rede de comunicação.

Utilizamos a plataforma da AWS para distribuir os resultados apurados pelo TSE, garantindo acesso simultâneo e sem interrupções, ao contrário de problemas ocorridos em eleições anteriores. Também atualizamos os aplicativos em que as pessoas conferiam no celular o local de votação, os dados eleitorais e faziam a justificativa de votos.

Outros parceiros, falando de segurança, por exemplo, é com a  IBM. Fabricantes de equipamentos, de files e outros equipamentos de segurança, são a Fortinet, Huawei, Cisco, entre outros.

DPL News: E olhando para o futuro, quais são as perspectivas da Embratel para 2024, especialmente em relação à internet das coisas (IoT) e ao uso do 5G?

Maria Teresa Lima: Estamos no meio da expansão da rede 5G em nível nacional, com quase 200 cidades já cobertas. Estamos realizando experimentações em diversas áreas, desde redes privativas até soluções para cidades inteligentes e agroindústrias. Em 2024, esperamos um crescimento exponencial na implementação de soluções 5G, especialmente para impulsionar a transformação em prol do cidadão em áreas como mobilidade urbana, segurança pública e qualidade do ar.