Com a Claro implementando o 5G no Brasil, o papel da Embratel – que faz parte do grupo da operadora – é levar soluções personalizadas ao mercado corporativo. No Futurecom 2022, a empresa apresentou uma série de aplicações da nova tecnologia com parceiros como Nestlé e Jonhson & Johnson.
Um exemplo foi o robô utilizado na fábrica da Nestlé em Caçapava, no estado de São Paulo. O equipamento possui um sistema de Inteligência Artificial que o permite identificar produtos por meio das características físicas, como tamanho e cor, e entregar no local adequado.
Na demonstração, o usuário escolhia um chocolate em um tablet e o robô se dirigia até o balcão com os chocolates e pegava o chocolate escolhido.
Outra solução buscava mostrar a diferença da latência entre uma rede 4G e 5G por meio de um braço robótico. Uma pessoa fazia movimentos com um dispositivo háptico com sensores e Internet das Coisas e o equipamento os reproduzia com exatidão.
Quando o movimento era feito com conectividade 5G, o tempo de resposta era quase imperceptível. Ao conectar no 4G, o movimento do braço acontecia de forma mais lenta e truncada.
A solução foi feita em parceria com a Nokia e o SENAI e é voltada principalmente para atividades críticas, como desarmamento de bombas, ou na saúde, na realização de cirurgias à distância.
A Embratel também apresentou uma aplicação para a Johnson & Johnson, que consiste na transmissão em tempo real de cirurgias assistidas, por exemplo. Três câmeras são usadas para mostrar a perspectiva do cirurgião, o procedimento sendo realizado na sala cirúrgica e a visão desde o dispositivo usado pelo médico que faz a operação.
A solução pode ser usada para orientação à distância de especialistas que estão realizando cirurgias e para ensinar alunos da área de medicina.
O papel da Embratel nesses casos é habilitar as aplicações B2B a partir da infraestrutura 5G e de parcerias com outros fornecedores, explicou Alexandre Gomes, diretor de Marketing da Embratel.
Segundo Gomes, o primeiro passo é desenhar a solução para o cliente de acordo com as necessidades e desafios dele. “Uma vez desenhado, a gente compõe quem vai entregar essa solução conosco”, disse à DPL News.
Além de integrar, a Embratel orquestra a relação entre os fornecedores, “porque a empresa de maneira geral quer falar com um provedor, não com vários. É mais conveniente para eles”.
O executivo ainda abordou o assunto durante um painel do Futurecom. Para ele, três fatores são primordiais na adoção do 5G no mercado corporativo: a conectividade, que é a infraestrutura que permite coletar informações de milhões de dispositivos; a agregação com as tecnologias emergentes e integradas ao ambiente; e o empoderamento, que são os casos de uso da indústria 4.0. Apenas com essas condições o 5G será impulsionado no B2B.